Espanhóis
Um grande reduto de espanhóis se estabeleceu em São Paulo, praticamente desde o início de sua colonização. Isso devido ao fato de aqui se dar a confluência de caminhos que levavam, por meio do rio Tietê, até o rio da Prata.
Esse caminho e a proximidade da fronteira espanhola, na época demarcada pelo Tratado de Tordesilhas, acabaram incentivando a fixação de vários deles na então Vila.
Também não podemos nos esquecer do domínio espanhol sobre a Coroa Portuguesa, entre 1580 e 1640 – a então chamada União Ibérica. Um fato pitoresco em relação a esse período foi a aclamação de um rei na Vila de São Paulo de Piratininga. Tratava-se de Amador Bueno, filho de espanhóis e com dois genros da mesma nacionalidade. Quando chegou à Vila a notícia de que Portugal tinha recuperado sua autonomia, residentes espanhóis não gostaram. Desencadearam então um movimento pela independência de São Paulo, aclamando Amador Bueno seu rei. “Viva Amador Bueno, nosso rei”, a multidão bradava no Largo de São Bento. Diante da resistência das autoridades, Bueno passou a ser hostilizado. Teve de se refugiar no mosteiro de São Bento, cujos padres procuraram acalmar os ânimos dos espanhóis.
Já no final do século XIX, um grande contingente deles chegou ao Brasil porque na Espanha predominavam os grandes latifúndios. E também havia a obrigatoriedade do serviço militar, que tirava os jovens da lavoura, não permitindo assim a continuidade no cultivo da terra para sustento da família. Os que decidiram sair foram, em sua maioria, para a Argentina e Cuba.
A segunda grande imigração ocorreu entre 1946 e 1970, tendo como destino uma vaga nas fábricas. Em São Paulo, foram basicamente os oriundos da Galícia. Os galegos vieram trabalhar principalmente na área de serviços, como os ferros-velhos.
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