Em minhas “andanças” pela metrópole paulistana não deixo de reparar e admirar as verdadeiras obras primas espalhadas pela cidade. Impressiona-me como os turistas brasileiros admiram as esculturas nas cidades que visitam no exterior e pouco se atentam as preciosidades em seu próprio quintal. Sem contar alguns de nossos governantes que, por desconhecimento ou incompetência, não preservam nosso patrimônio…
Neste post, vamos falar do Monumento às Bandeiras de Victor Brecheret, o escultor ítalo-brasileiro responsável pela introdução do modernismo na escultura brasileira. A imponente escultura, idealizada pelo grupo modernista da Semana de Arte Moderna de 22, foi construída para homenagear a coragem e destreza dos bandeirantes paulistas.
Em 1936 iniciaram-se as obras a partir da preparação do terreno e, no ano seguinte, foi construída a base em laje de concreto róseo, assim como os serviços de cantaria em granito gris de Itaquera. A obra tem 240 blocos de granito com peso aproximado de 12.000 toneladas. Porém, só foi finalizada e inaugurada em 1954, juntamente com o Parque do Ibirapuera e as comemorações do IV Centenário da cidade de São Paulo. O atraso é creditado à redução das verbas em virtude da Segunda Guerra Mundial e pelo desinteresse do Estado, que transferiu a responsabilidade da conclusão da obra para a prefeitura da capital.
Monumento às Bandeiras
A obra retrata as diversas etnias que, junto com os bandeirantes, desbravaram o país. Na escultura, observam-se os negros, mamelucos e índios puxando uma canoa de monções (expedições fluviais que partiam de Porto Feliz, às margens do Rio Tietê).
O monumento é tombado pela CONDEPHAAT – Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo.
Local: Praça Armando de Sales Oliveira – São Paulo-SP