A Ilha do Cardoso é a maior de Cananeia e com mais diversidade e atrativos. Além de ser um Parque Estadual, nela existem várias comunidades de pescadores e indígenas, sítios arqueológicos (sambaquis), trilhas, cachoeiras, praias, costões rochosos, entre outros. Não há carros e a energia elétrica provém apenas de geradores. Campings e casas de pescadores estão disponíveis para acomodar os aventureiros. Agências fornecem guias e embarcações para o transporte. O lado voltado para o Canal de Ararapira e a Baía de Trapandé é rico em manguezais e as praias estão voltadas para o leste. Aqui, você precisará de alguns dias para conhecer, pois, além de ser grande, os recantos são maravilhosos!
Parque Estadual Ilha do Cardoso
O Parque Estadual da Ilha do Cardoso foi criado em 1962. Aqui, estão comunidades de influência indígena, formadas por pescadores. Além da pesca, o sustento dessas comunidades vem do turismo, atualmente bem desenvolvido. Essa área é rica em sítios arqueológicos como os sambaquis e ruínas coloniais. São 113 mil hectares de vegetação de Mata Atlântica com enorme diversidade biológica, com mais de mil espécies de plantas e animais em extinção como o jacaré-do-papo-amarelo e o papagaio-de-cara-roxa.
Contato: (13) 3851-1108.
A ocupação humana na Ilha do Cardoso remonta aos primórdios da civilização humana no continente americano. Como escrito anteriormente, sambaquis foram encontrados, sendo o Grambiú Grande considerado o mais antigo do Brasil. Depois, vieram os índios que vinham para a Ilha apenas para a caça e a pesca, não se fixando no local. Com a chegada dos colonos portugueses, suas matas foram exploradas, mas mesmo assim, deixando boa parte preservada. Ao longo dos séculos, moradores passaram a encontrar na Ilha, um refúgio perfeito, principalmente para a pesca. Deu-se a criação de várias vilas que, até os dias atuais, são acessadas apenas por embarcações ou por meio de trilhas. Essas vilas, essencialmente de pescadores e pequenos agricultores, foram, em certa medida, protagonistas da economia local. Um exemplo claro está na maricultura, ou seja, criação de ostras, que gera empregos dando condições estruturais para as famílias envolvidas nesse negócio.
O tombamento da Ilha do Cardoso como Patrimônio Natural da Humanidade pela UNESCO faz jus pela sua beleza natural e pelos projetos sustentáveis implantados pelas comunidades locais.
Praias da Ilha do Cardoso
Camboriú
Excelente também para a prática do mergulho, porém seu acesso é feito por barcos.
Itacuruçá
Situada na boca da saída do lagamar, também é chamada de praia do Perigo, pois aqui, muitas embarcações sofrem acidentes devido à instabilidade do leito, com inúmeros bancos de areia. E é nesta praia que está o Marco do Tratado de Tordesilhas que delimitava os territórios entre Portugal e Espanha.
Praia do Pereirinha
Também situada no lagamar, suas águas são mais agitadas e sua areia claríssima.
Praia Kayan
Selvagem de águas calmas, com acesso apenas por trilhas.
Praia da Laje
Por trilha, saindo da comunidade do Marujá, caminha-se cerca de 1,5 km, parte em costão rochoso. Sua extensão é de 7 km de pura tranquilidade, já que esta praia é praticamente deserta.
Praia do Marujá
Localizada na Comunidade do Marujá, você pode pernoitar na casa de pescadores e curtir essa praia que possui 18 km de extensão. Excelente para caminhadas diurnas e também noturnas, já que a areia é firme e plana.
Praia do Ipanema
Um paraíso dos amantes do mergulho por suas águas calmas. Destaque para a piscina natural e a trilha que leva à cacheira do Ipanema.
Praia de Foles
Saindo da praia de Camburiú, por uma trilha de cerca de dez minutos, você chegará à praia de Foles. A praia de Foles é dividida pelas Foles Pequena e Foles Grande. Aqui encontramos piscinas naturais, nascentes de água e até outra praia, a da Baleia, que só aparece na maré baixa. Sem dúvida, um lugar lindo!
Praia do Morretinho
Boa para a prática do surf e da pesca, Morretinho é deserta e escondida. É uma continuação da praia da Laje.
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