Construída entre 1226 e 1493, a Catedral de Toledo é uma das estruturas históricas mais impressionantes da Espanha. Gótica e com toques mudéjar, é bastante diferenciada de outras catedrais contemporâneas europeias. O estilo mudéjar, desenvolvido na Península Ibérica dos séculos XII ao XVI, combina elementos e materiais ibero-muçulmano. Ou seja, em uma única edificação observamos estilos gótico, românico, renascentista e islâmico. O resultado desses estilos arquitetônicos é surpreendente em suas formas e cores.
Como em todo templo cristão erguido na Idade Média, a grandiosidade, o peso histórico e o reflexo do poder católico já são sentidos na entrada. Independentemente da religião que seguimos, é impossível não sentirmos a energia, não só espiritual, mas da capacidade humana de construção e criação artística que decoram e compõem esses monumentos.
A Catedral de Toledo, situada na cidade de Toledo foi erguida com pedras de Olihuelas. Essas pedras foram retiradas onde hoje é um sítio arqueológico na cidade de Olías del Rey distante seis quilômetros de Toledo. Neste sítio arqueológico há presença de assentamento romano e pelo que parece foi uma pedreira de pedras brancas.
Ricos detalhes
Com seus 750 vitrais, além de uma fenda no teto, a iluminação no interior da Catedral de Toledo transforma e transcende a decoração.
O altar-mor da Catedral de Toledo é chamado de El Transparente, justamente pela especial iluminação citada a pouco. O altar foi decorado em estilo barroco, criado por Narciso Tomé autor também da fachada da Universidade de Valladolid. Este altar é o perfeito exemplo do barroco espanhol.
Na entrada principal existem três portas, finamente entalhadas, que dão, com exatidão, a magnitude do local. São elas: Puerta del Inferno (aberta apenas no Domingo de Ramos); Puerta del Perdón (aberta somente em algumas datas especiais); e a Puerta del Juicio Final (entrada principal).
A construção da Catedral de Toledo é um dos símbolos do poder econômico da região. E portanto foi palco de acontecimentos importantes, como a coroação de Joana I, rainha de Castela, Leão e Aragão.
Como a maioria dos templos católicos, muitos ilustres foram sepultados em suas paredes, chãos ou criptas. No caso da Catedral de Toledo, certamente um dos mais ilustre enterrado em solo sagrado foi o rei Sancho II. Filho de Afonso II e Urraca de Castela, Sancho nasceu em Coimbra no ano de 1209 e foi rei de Portugal entre 1223 até sua morte em 1248 .
Onde: Calle Cardenal Cisneros, 01 – Toledo.