Salto Ángel, a cachoeira mais alta do mundo.
Uma excursão fascinante é conhecer a cachoeira mais alta do mundo, durante a estação chuvosa, quando ela está transbordando.
O Salto Ángel, que no idioma pemón significa “saltar do lugar mais profundo” é, sem dúvida, uma maravilha natural de tirar o fôlego. Quando você está de frente a esta cachoeira imponente, se sente muito pequeno, do tamanho de uma formiga. Ela tem 979 metros altura e desce do Auyan tepuy.
Fica no Parque Nacional de Canaima, que por sua beleza e importância natural é uma área protegida, nomeada como Parque Nacional em 12 de junho de 1962. E em 1994 foi declarada Patrimônio da Humanidade pela UNESCO.
O nome “Salto Ángel” é em homenagem ao aviador aventureiro americano Jimmy Angel, que em 1937 confirmou a existência e localização da queda de água, voando sobre ele em seu avião, pousando em seu topo e divulgando-a no mundo todo.
Os índios Pemones já conheciam sua existência e o batizaram de Kerepakupai Vená.
Viajei para Canaima em 2009, quando tinha 19 anos de idade e me lembro que estava começando a estudar Turismo. Nas férias, fiz minha mala e fui conhecer este lugar maravilhoso. Saímos às 8:00 da cidade de Bolívar em um avião para 5 passageiros e voamos por uma hora. Durante toda a viagem a paisagem é impactante, porque é possível observar os tepuyes, rios e savanas. Quando chegamos a Canaima fomos recebidos pelo nosso guia, que além de inglês, falava alemão e francês. Como é um destino reconhecido mundialmente, o local está preparado para atender turistas internacionais. Nos acomodamos nos nossos quartos e, em seguida, almoçamos em frente a Laguna de Canaima. A tarde saímos para fazer as caminhadas e para nadar nas águas milenares.
A primeira parada é na Laguna de Canaima onde pegamos o barco e nos dirigimos ao Salto el Sapo, onde a torrente de água é impressionante, especialmente na estação de chuvas (maio a novembro). A primeira coisa que impressiona quando você chega a este salto é a beleza da vista panorâmica. Do outro lado do rio, à distância, podem ser vistos os 3 característicos tepuyes de Canaima: Zamuro, Venado e Cerbatana. E embaixo, as verdes savanas.
Depois de uma breve navegação, desembarcamos no Salto El Hacha. Chega-se nesta cachoeira subindo uma escadaria rústica, e então podemos atravessá-la caminhando, entre a parede de pedra e a impressionante cortina de água.
No dia seguinte, deixamos o quarto por volta das 8 da manhã. O traslado começa de carro até o porto de Ucaima, onde embarcamos numa curiara (embarcação indígena) para navegar pelo rio Carrao. Durante a travessia pode-se observar a exuberância da vegetação. Para evitar as corredeiras de Mayupa é necessário desembarcar e andar um curto trajeto para então reembarcar no outro lado da savana.
Almoçamos no acampamento Isla Orquídea e, em seguida, continuamos a viagem em uma curiara por aproximamente 4 horas para chegarmos na Isla Ratoncito de onde vamos observar o Salto Ángel. De lá, caminhamos no meio da selva, por mais ou menos uma hora, morro acima e desviando de raízes até a piedra del Mirador. No final, mergulhamos nas águas milenares e olhamos para cima para ter a incrível visão da cachoeira caindo sobre nós.
À noite, no jantar, foi servido um delicioso frango assado, que é um prato típico da região.
Sempre que eu posso eu vou para Canaima, pois não me canso de ver e observar esta imponência. Já levei turistas locais e estrangeiros e todos são surpreendidos perante esta natureza maravilhosa. Todos se sentem imensamente gratos pela oportunidade de viver a maravilhosa experiência de estar lá, a força do vento que a cascata gera, a pequena garoa que sobe e os múltiplos arco-íris. É definitivamente algo para ser visto e sentido.
Existem vários locais onde ficar, mas um que adoro é o Waku Lodge, já que a qualidade de seu serviço é única ([email protected]). Outro é o Ucaima, que foi um dos primeiros e é ideal para os amantes de descanso e privacidade, escondido da civilização, com a rica fauna local ao seu redor. Um lugar mágico ([email protected]).
Para visitas guiadas, entre em contato com Antonio Hitcher pemón kamarakoto, grande conhecedor da área, excelente fotógrafo e guia de Tepuyes ([email protected]).
Leia também o post de Odimar López – La Niña del Tepuy sobre a Gran Sabana
Post escrito por Odimar López – La Niña del Tepuy
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