Sintra, vila localizada na área metropolitana de Lisboa, se destaca por suas edificações em estilo romântico, o que lhe conferiu o título de Patrimônio Mundial da UNESCO.
De topografia recortada, Sintra agrega valores em seus edifícios, sítios arqueológicos, palácios, santuários que registram o passar dos séculos de sua ocupação. Sintra é um daqueles lugares onde a preservação dos vestígios históricos e a conservação de sua vegetação convivem em plena harmonia, onde um reforça a beleza do outro.
A história da Vila de Sintra remonta ao período Neolítico, com registros no Sítio Arqueológico São Pedro e Penaferrim. Mais tarde, os romanos que a ocuparam, deixaram suas marcas em lápides ao longo das estradas que a ligariam a então Olisipo (Lisboa). A invasão moura também deixou sua assinatura em várias edificações, como o Castelo dos Mouros que veremos mais para frente. Depois, a Reconquista pelos exércitos cristãos do rei Afonso VI de Leão e, finalmente, o desenvolvimento da história de Portugal como império que, ao passar dos anos, preservou a riqueza deixada pelas civilizações anteriores que constituem o legado patrimonial e cultural de seu território.
CENTRO HISTÓRICO DE SINTRA
Nas vias estreitas que dão para a praça principal, as construções se destacam pela plasticidade das cores e da arquitetura. Vestígios de muitas épocas se misturam em meio às lojas e restaurantes.
O vai e vem dos turistas conferem um charme a mais com idiomas distintos, porém com o mesmo entusiasmo de observar o belo. Quantas histórias, quantas lutas foram travadas para chegar a esse magnífico conjunto arquitetônico!
Veja também os posts detalhados de outros pontos históricos turísticos como: Quinta da Regaleira, Palácio Nacional da Pena, Farol do Cabo da Roca, Chalet da Condessa, Palácio Monserrate e Palácio Nacional de Queluz.
CASTELO DOS MOUROS
No alto da Serra de Sintra, o Castelo dos Mouros é a representação clássica do período da ocupação moura em terras portuguesas. Datado do século VIII, a fortificação servia para controle das vias que ligavam Sintra a Lisboa, Cascais e Mafra.
Reza a lenda que após a Reconquista o rei D. Afonso Henriques, temendo um ataque dos mouros residentes de Sintra, convocou um grupo de vinte templários para vigiar qualquer movimento suspeito nos arredores das vias terrestres até a costa. Com a ajuda de Nossa Senhora, o perigo foi detido e a capela em devoção à Santa foi erguida. Em 1839, D. Fernando II, esposo de Maria II, adquiriu o castelo e nele fez reformas, com um caráter mais turístico. Foi declarado como Patrimônio Mundial da Humanidade Pela UNESCO em 1995.
PALÁCIO NACIONAL DE SINTRA
O início da construção do Palácio Nacional de Sintra data de 1489, sobre as ruínas de uma antiga construção moura. Os estilos arquitetônicos renascentista, romântico, gótico e medieval misturam-se harmoniosamente. Constante residência real, muitos marcos históricos foram vividos dentro de suas paredes, como a notícia do descobrimento do Brasil, o nascimento e morte de D. Afonso V, a coroação de D. João II, entre outros.
VILA SASSETTI
Da união de ideias do empresário da rede hoteleira Victor Sassetti e do arquiteto Luigi Manini, surge, no final do século XIX, a Vila Sassetti em Sintra. Essa Vila foi construída para receber hóspedes. E foi um sucesso, ilustres portugueses e estrangeiros acharam o local de refúgio perfeito. Bela, a mini fortaleza foi cenário de muitas novelas e filmes.
SANTUÁRIO DA PENINHA
Localizado na Serra de Sintra, o Santuário da Peninha data do fim do século XVII, construído a mando de Frei Pedro da Conceição. É um complexo arquitetônico com a ermida de São Saturnino e o palacete, de 1918. O que faz desse local especial é sua aura mística em torno da imagem milagrosa de Nossa Senhora, que atrai muitos fiéis em peregrinação. O interior da capela possui painéis que retratam a vida de Maria, confeccionados por Manuel dos Santos, pintor lisboeta pertencente ao denominado “Ciclo dos Mestres”. Nomes como Oliveira Bernardes e João Antunes compõem os autores da decoração interior.
CONVENTO DOS CAPUCHOS
Segundo a lenda local, o vicerei da Índia, D. João de Castro, adormeceu de cansaço quando perseguia um veado. Sonhou que deveria construir uma igreja nesse local.
Enfermo, revelou a designação a seu filho, e que este deveria erigir o templo. Então, um convento franciscano foi erguido no ano de 1560 em Sintra. Os franciscanos ficaram no convento até a sua extinção, em 1834.Anos mais tarde, Francis Cook adquiriu a edificação e, em 1949, foi transferido ao Estado.