Em primeira mão, o público terá contato com a produção visual de Arrigo Barnabé na exposição “Conflito”, composta de 27 obras em diversas técnicas, sobre papel e tela, em vários formatos. Um dos principais expoentes da “Vanguarda Paulista”, multiartista do meio da música e do teatro, apresenta agora, pela primeira vez ao público, suas criações em artes visuais. O visitante poderá ver a exposição enquanto se diverte no bar e restaurante e assiste a performances de artistas drags.
A EXPOSIÇÃO
“Conflito”, de Arrigo Barnabé De 15/02 a 03/05/2025
Curadoria: Fernando Spaziani
O artista
Autor do álbum “Clara Crocodilo”, um marco da Vanguarda Paulista, lançado na década de 1980, com sua fusão única de elementos da música clássica, música popular brasileira, rock e experimentalismo, Arrigo é músico, compositor, ator, poeta, cantor e artista visual.
Nascido em Londrina (PR), transferiu-se para São Paulo onde frequentou os cursos de Música e Arquitetura, na USP. Influenciado por manifestações musicais como a Tropicália e a Jovem Guarda, os festivais de música e teatro, entre outros, por aqui ficou, tornando-se um dos nomes mais importantes da chamada “Vanguarda Paulista”, movimento artístico independente e alternativo nos anos 1980 na cidade de São Paulo.
“Se o Rio de Janeiro tinha o ”maestro soberano” [Tom Jobim], nós tínhamos Arrigo Barnabé, afirmam “Wilson Souto” e “Chico Pardal”, fundadores do Teatro Lira Paulistana.”
Vencedor do Festival Universitário da TV Cultura, Arrigo se destacou com a música “Diversões Eletrônicas”. Compôs missas, óperas e trilhas sonoras para filmes. Uma das mais belas composições foi criada para o filme “Oriundi”, com direção de “Ricardo Bravo”, que teve “Anthony Quinn” como protagonista.
Entre suas composições destaca-se “Tubarões Voadores”, uma experiência inusitada em que musicou os quadrinhos do ilustrador e chargista brasileiro “Luiz Gê”.
Sua versatilidade lhe permitiu, entre uma e outra composição, criar performances poéticas como a que fez para a arquiteta “Lina Bo Bardi”; além de participar do “Berlim Jazz Festival”, um dos mais importantes festivais do gênero.
A exposição
Ainda que em sua produção musical estivesse implícita uma visualidade latente, somente em 2021, por conta da reclusão imposta pela pandemia do Covid 19 o artista intensificou a sua criação plástica, que segundo ele mesmo conta, o ajudou a enfrentar esse período de isolamento. Desde então não parou mais de experimentar técnicas, cores, suportes e formatos diferenciados. Assim, Arrigo apresenta agora, pela primeira vez, um conjunto de 27 obras em diversas técnicas sobre papel e tela. Na exposição estão presentes alguns temas que são caros ao artista como a transfiguração, a mutação, a transformação e o conflito, gerados pela justaposição de suas colagens, pinturas, desenhos e rasgos originando uma produção instigante e original.
“São coisas que eu fiz por necessidade interna. Comecei durante a pandemia, não pensava de forma alguma em expor, mas o volume, a produção começou a aumentar muito, e eu resolvi mostrar pra Suca (amiga de Arrigo) e ver o que ela achava. Ela sugeriu que eu mostrasse, fizesse uma exposição.” – conta Arrigo.
Seus trabalhos não se limitam aos padrões acadêmicos tradicionais e exploram formas que se aproximam do figurativo para depois mergulharem na abstração. O conjunto de obras aqui exposto revela a alma inquieta do artista e sobretudo sua coragem em experimentar e se expor, uma vez que todas as obras possuem um caráter muito pessoal e seria impossível dissociá-lo de sua trajetória musical marcada por um trabalho autoral, transgressor e independente.
É por este viés que vamos navegando por trabalhos recheados de referências visuais e estéticas que vão revelando muito da história do artista e de todos nós, enquanto participantes desse contexto social e urbano da metrópole.
Ao tomar conhecimento da existência da Casa Fluida, Arrigo mostrou-se interessado sobretudo pelo caráter independente, transgressor e alternativo com que este espaço atua em São Paulo. A Casa é um local que respira arte e evidencia sua vocação, materializada em performances de artistas drags, espetáculos teatrais, debates, e outras manifestações culturais em sintonia com as exposições de artes visuais. Arrigo vem somar, mesclando seu extenso e representativo percurso cultural na música e recente produção visual com a efervescência artística promovida pela Casa.
A CASA
Em 2021 foi inaugurada a Casa Fluida, em um casarão dos anos 1950, na Rua Bela Cintra, 569 – Consolação, São Paulo (SP). A Casa Fluida conta com espaços expositivos distribuídos em 3 andares, além de ambientes que abrigam um ateliê de arte, uma lojinha, bar, restaurante, um grande camarim aberto ao público e dois terraços ao ar livre.
Em 2023 e 24 a Casa Fluida foi indicada na categoria Bar de Agito, na Edição Comer&Beber da Veja São Paulo. Além disso, foi incluída no guia Minha São Paulo, de Didi Wagner, além de muitas outras citações na mídia nacional e internacional, a exemplo de publicação na coluna 36 Hours, do New York Times e matéria especial no SPTV1, da Rede Globo.
Serviço:
Exposição
“Conflito”, de Arrigo Barnabé
Curadoria: Fernando Spaziani
Abertura: 15 de fevereiro de 2025, sábado, das 11h às 14h. Entrada gratuita. Visitação: de 15/02 a 03/05/2025
Horário de funcionamento: quarta-feira a sábado, das 18h às 0h30 (R$ 6,00).
Observações:
1. Havendo interesse favor solicitar mais imagens das obras e/ou as imagens em alta resolução;
2. As obras estarão à venda.
Casa Fluida
Rua Bela Cintra, 569 Consolação, São Paulo – SP CEP 01415-001
Horário de funcionamento:
Quarta-feira a sábado, das 18h às 1h (entrada: R$ 6,00). Estacionamentos disponíveis na região. Não possui vallet. Instagram: @casafluida
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