Ainda bem que algumas tradições resistem ao tempo, como a culinária caiçara. Por trás do peixe, da farinha de mandioca e da banana, que formam uma combinação fantástica sobrevivente aos séculos, muitos aspectos históricos vem à tona. Bem, quando o assunto é gastronomia, Ilhabela possui variedades para todos os gostos. Vão desde saborosos peixes e frutos do mar, típicos das cidades do litoral, até as delícias da culinária internacional.
No arquipélago, é possível encontrar restaurantes que conseguem aliar sabor e diversidade de ingredientes em ambientes favorecidos pelas belezas naturais. A arte da gastronomia faz parte da lista dos inúmeros atrativos encontrados em Ilhabela. Pelas mãos criativas dos cozinheiros locais, ingredientes simples, transformam-se em pratos finos e suculentos.
A maioria à base de peixes, como a enchova, tainha, salmão, badejo e atum. Em muitos casos, eles são utilizados nos deliciosos sushis oriundos da terra do sol nascente que por sinal faz muito sucesso na região. Alguns peixes são comprados no arquipélago como a enchova, mas a maioria é importada como o atum e o salmão que vêm do Chile.
Desperdício e falta de criatividade são duas coisas que passam longe das mentes dos gourmets da região. Quando os peixes ultrapassam o tempo ideal para virar sushi aliados a outros ingredientes tornam-se pratos de dar água na boca.
O salmão, por exemplo, junto com o purê de mandioquinha, coberto com molho de maracujá e azeite, tem agradado aos mais diversificados paladares. Alternativa bastante criativa e deliciosa que pode ser encontrada em Ilhabela é uma adaptação à culinária local, levando os peixes à grelha como se faz a tradicional picanha. Os peixes são ingredientes que dão base a muitos dos pratos na região. Mas receita para a diversidade e qualidade inclui algumas pitadas de criatividade e outras de singularidade de quem prepara.
Sushi
Ronan Kammer explica para nós como deve ser o preparo do peixe para este prato: “o tempo ideal para preparar o sushi são 2 dias após o descongelamento; caso o peixe seja apenas limpo e depois congelado, ele não é bom para virar sushi, torna- se ideal para ser frito. Isso porque fica quebradiço, não permanece uma fatia uniforme. O lombo e as pontas são duas partes do salmão que não servem para fazer prato. O atum também, depois de ser limpo, tem uma vida de 2 dias. Depois perde a cor e quando servido cru ele não pode perder a tonalidade. A tainha, por exemplo, é tirada do mar, aberta e depois disso pode ser comida crua sem problema algum”.
Tradição de família
As empadas feitas por Adriana dos Reis Oliveira são de encher, não apenas os olhos, mas principalmente o estômago. Desde a década de 80 que o salgado vem fazendo sucesso entre turistas e ilhéus da região em um pitoresco bar: O Bar do Genésio. Inaugurado em 1967 e que até hoje mantém uma clientela fiel com direito até a comunidade em site de relacionamento. A receita passada por gerações tem agradado a muitos paladares, prova disso é o resultado positivo nas vendas das empadas. Em um fim-de-semana movimentado de feriado, são vendidas cerca de 150, 170 unidades de empadas por dia. Já no réveillon, quase 300. O forte da casa são as de camarão, por serem mais difíceis de se encontrar.
O Núcleo Gastronômico
Todo ano, no mês de Agosto, ocorre uma iniciativa da Associação Comercial sob orientação do Sebrae, que congrega alguns dos mais importantes restaurantes de Ilhabela, identificados por um selo de qualidade, com o objetivo de aprimorar o profissionalismo na culinária, aperfeiçoar o atendimento ao cliente, desenvolver a enologia e promover a gastronomia, oferecendo cada vez mais elementos de satisfação ao frequentador do município.
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