História de São Sebastião: os primeiros habitantes

História de São Sebastião-vista-aerea-dec60-ft-agnello-santos-bx

Episódios da história de São Sebastião ainda podem ser vistos na costa do litoral norte de São Paulo, em que sambaquieiros, índios, colonos, jesuítas e piratas lutaram pela terra onde os portugueses vitoriosos lançaram a base da nova nação.

Os primeiros habitantes

Na costa do litoral norte, os primeiros homens deixaram as marcas da sua passagem. Antes da chegada dos índios, já havia grupos humanos, organizados em sociedade, habitando o território brasileiro, eles eram denominados sambaquieiros. Sambaqui é uma palavra de origem indígena que deriva de tambá (concha) e ki (depósito). Os sambaquis são depósitos de conchas calcárias, utilizados para enterrar seus entes. Os homens sambaquis constituíram ali, uma civilização de canoeiros que viviam da pesca, caça de animais de pequeno porte e coleta de moluscos, raízes, frutos, crustáceos e de vegetais. Quando os portugueses chegaram, utilizavam as conchas dos sambaquis para fazer cal para construção de casas. Durante centenas de anos, foram construídos muros, casarões e igrejas. Não se sabe ao certo, como se extinguiram os grupos de sambaquieiros em São Sebastião. Existe a hipótese de terem sido expulsos ou devorados pelos Tupinambás.

Povos indígenas

Logo após o desaparecimento da cultura sambaqui, novos habitantes passaram a ocupar a região. O povo indígena que, além de pescar, caçar e coletar frutos e mel na mata, sabiam fazer potes de cerâmica e produzir hortas e quintais de mandioca, batata doce, maracujá, algodão, abóbora, feijão e inúmeros outros alimentos. Os índios descendentes dos tupis falavam a mesma língua e impuseram o seu domínio aos demais. Adotaram diversos nomes, de acordo com as condições locais. Nesta região, os índios denominavam-se Tupinambás, que viviam nas terras ao norte, e Tupiniquins, que viviam nas terras ao sul de São Sebastião – existia uma limitação geográfica natural das terras das tribos (praia de Boiçucanga para o sul).

A luta entre essas tribos inimigas ancestrais se intensificou com a chegada dos europeus, pois, necessitando de mão-de-obra, os colonizadores iniciaram a captura dos índios e os venderam como escravos nos engenhos nordestinos. Os tupiniquins se aliaram aos portugueses, chamados por eles de peró e os tupinambás aliaram-se aos mair, franceses, que haviam chegado ao Rio de Janeiro, em 1555.

Hans Staden

Uma dessas lutas foi presenciada e narrada pelo alemão Hans Staden, designado pelo então governador- geral Tomé de Souza para combater os tupinambás a partir da fortaleza de Bertioga. Em 1554, capturado pelos tupinambás, povo antropófago, Staden viveu meses como prisioneiro deles. Escapou de virar refeição e, de volta à Europa, publicou na Alemanha, em 1557, um livro relatando sua viagem pelo Novo Mundo, a América.

A praia de Boiçucanga foi palco de inúmeras lutas entre as duas tribos. E, a partir de 1558, os índios da tribo tupinambá formaram a Confederação dos Tamoios envolvendo tribos situadas ao longo do Vale do Paraíba, na Capitania de São Vicente, contra os colonizadores portugueses, a fim de combater a escravidão a que foram submetidos. Os Tupiniquins fugiram perseguidos pelos Atualmente existem agrupamentos indígenas da tribo Guarani em Boracéia.

Tupinambás

Os tupinambás como nação dominavam quase todo o litoral brasileiro e possuíam uma língua comum, que teve sua gramática organizada pelos jesuítas e passou a ser conhecida como o tupi antigo, constituindo-se na língua raiz da língua geral paulista e do nheengatu. Entretanto, normalmente quando se fala em tupinambás, refere-se às tribos que fizeram parte da Confederação dos Tamoios, cujo objetivo era lutar contra os portugueses, também conhecidos como perós.

Tupiniquins

Também chamados Topinaquis, Tupinaquis, Tupinanquins – grafada comumente com uso do k: tupinikins são um grupo indígena brasileiro, pertencente à nação Tupi, que habitam o território atual do município de Aracruz, no norte do Espírito Santo.

Fonte: Wikipédia

sao-sebastiao-historia-acervo-agnello-pacheco-bx
Fotos: acervo histórico da cidade e acervo de Agnello Pacheco

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Para saber mais sobre São Sebastião, clique aqui