Plano de Melhoramentos Urbanos de Campinas – Plano Prestes Maia
Em 1929, após a queda da Bolsa de Nova York, o preço da saca de café despencou e com ela enormes fortunas cafeeiras. As terras destinadas a essa cultura foram paulatinamente desvalorizadas e, nesse período, Campinas já mostrava seu potencial para o desenvolvimento técnico e científico. A área urbana não refletia os sentimentos da população, que queria ter uma cidade mais avançada, sem ruas tão estreitas, e “ventilada” por avenidas largas que ligassem os pontos mais distantes ao centro, organizada em setores para estimular o dinamismo. Era uma maneira de atrair novas indústrias e valorizar imóveis e terras.
Então, em 1934, Francisco Prestes Maia, engenheiro urbanista, foi contratado pela Prefeitura para criar o Plano de Melhoramentos Urbanos de Campinas. Esse plano ousado demorou de 1938 a 1960 para ser finalizado. Como sabemos, a expansão da cidade tinha ocorrido com os grandes loteamentos promovidos em antigas fazendas de café, onde a Prefeitura proporcionava incentivos aos proprietários. Um exemplo clássico é a construção da caixa d’água no Jardim Chapadão, local da antiga fazenda do mesmo nome e onde hoje a “Torre do Castelo”, como é conhecida, se tornou um dos símbolos da nova estruturação urbana.
Outro ponto interessante da nova realidade da cidade foi a proporção de pessoas que saíram do campo e se instalaram na área urbana. Em 1940, 60% da população economicamente ativa já vivia na cidade. No restante do país, esse fenômeno de inversão demográfica só aconteceria nos anos 1970. A verticalização das edificações chegou nas décadas de 1950 e 1960, principalmente no centro, onde o setor de serviços aumentou significativamente e largas avenidas foram implantadas, compondo assim o tão desejado visual de modernidade.
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