Com o desenvolvimento de povoados no Sertão de Mato Grosso de Jundiahy e com a divisão de fazendas surgem as cidades que fazem parte do Circuito das Frutas: Atibaia, Indaiatuba, Itatiba, Itupeva, Jarinu, Jundiaí, Louveira, Morungaba, Valinhos e Vinhedo, cada qual com suas características, mas unidas em torno de um dos principais produtos brasileiros: as frutas.
Atibaia
Em 1665, o bandeirante Jerônimo de Camargo se estabeleceu em Atibaia e fundou uma fazenda de gado à qual chamou Fazenda São João Batista. Nela também erigiu uma capela tendo o santo como padroeiro. Mas a futura Atibaia começou a ganhar contornos próprios com a vinda do padre Mateus Nunes de Siqueira e com os índios guaru se fixando ao lado da fazenda de Jerônimo. Com localização estratégica e servindo de passagem para os caminhos abertos para Minas Gerais, o local logo se tornou um ponto de abastecimento de tropas.
Itatiba
Fundada pelos idos de 1786, Itatiba foi constituída inicialmente por 12 famílias oriundas de Atibaia e Bragança que, ao se fixarem às margens do Rio Atibaia, deram início a um povoado. A 1ª capela foi erigida em 1814, sob a invocação de N. Sra. do Belém. Alcançou a condição de Freguesia em 1831 e a de Município em 1857.
Indaiatuba
Em 1859, Indaiatuba, antes denominada Freguesia da Vila de Itu, foi elevada a Vila. Porém suas origens são do século XVII quando José da Costa edificou uma capela às margens do rio Jundiaí, perto do ribeirão Votura, onde, segundo relatos, encontrou uma imagem de Nossa Senhora da Candelária.
Itupeva
Itupeva tem seu início na época da construção da estação da estrada de ferro Sorocabana para o carregamento do café produzido na região. Seu impulso maior se deu em 1904 quando da instalação das usinas hidrelétricas Monte Serrat e Quilombo. Foi elevada à categoria de município em 1965.
Jarinu
A região caiçara, nos idos de 1650, já possuía algumas fazendas. Em 1786, Lourenço Franco da Rocha, considerado o fundador de Jarinu, que na época chamava-se Campo Largo, foi nomeado capitão do local. Lourenço e sua esposa, Rita de Cássia Morais, doaram terras para a construção da Capela de Nossa Senhora do Carmo de Campo Largo. Em 1949, Jarinu foi elevada à categoria de município.
Morungaba
Entre a Serra das Cabras, à margem do ribeirão dos Mansos, surgem as primeiras casinhas no bairro Conceição de Barra Mansa, ao redor da capela de Nossa Senhora da Conceição. Em 1919, o povoado mudou o nome para Morungaba. Foi elevado à categoria de município em 1965 e de estância climática, em 1994.
Valinhos
Em 1732, Alexandre Simões Vieira recebeu uma sesmaria que abrangia um novo caminho aberto para Goiás. Ela tinha uma paragem (provavelmente no atual bairro Capuava), à margem do ribeirão Pinheiros. Essa paragem é considerada o marco inicial do povoado de Valinhos. Em 1955, o povoado foi elevado à categoria de município.
Jundiaí
Desde os tempos em que era a Freguesia de Nossa Senhora do Desterro, Jundiaí foi ponto estratégico para as partidas dos bandeirantes. A partir daí iam rumo ao sertão desconhecido como principal ponto de abastecimento das expedições. Foi desse local que saíram os novos povoadores da região sudeste do Estado de São Paulo. Elevada a município em 1865.
Vinhedo
No caminho que ligava Jundiaí a Campinas, em 1620, existia um pouso para tropeiros (Rocinha) e nesse lugar foi instalada a primeira fazenda, chamada Cachoeira, mais tarde transformada em quilombo. Justamente no vale entre a Fazenda Cachoeira e a Estrada Velha de Campinas, já chamada popularmente Estrada da Boiada, a Rocinha foi se tornando, a partir de 1840, uma pequena vila. Rocinha passou à condição de Vila e de Distrito de Paz pertencente a Jundiaí em 1908, sendo emancipada em 1949.
Louveira
Seu primeiro habitante foi o espanhol Gaspar de Louveira ou Gaspar de Oliveira, em 1639. Não se sabe ao certo se o nome dado à cidade de Louveira é devido ao sobrenome de Gaspar ou porque na região existiam muitas louveiras (árvores hoje em extinção). Foi emancipada em 1965.
Clique no link para saber mais sobre cultura, meio ambiente e turismo no Circuito das Frutas