O jongo ou caxambu é um patrimônio imaterial cultural afrobrasileiro, registrado pelo IPHAN como Patrimônio Cultural Nacional, presente na região sudeste, predominantemente no Rio de Janeiro.
Em Campinas, a Comunidade Jongo Dito Ribeiro é formada por um grupo de pessoas e familiares que reconstituem e vivem a cultura do jongo através da memória de Benedito Ribeiro, festeiro de São João e devoto de São Benedito. Em sua homenagem foi batizada a Comunidade Jongo Dito Ribeiro que, desde o ano de 2000, sob a liderança de sua neta, realiza trabalhos de reconstituição e composição voltados ao jongo, além de encontros abertos no Jardim Roseira. Esse bairro marca o reinício do jongo na cidade e é onde a Comunidade Jongo Dito Ribeiro busca fortalecer suas raízes junto a outras organizações parceiras, construindo um novo espaço de encontro, educação, meio ambiente e cultura: a Casa de Cultura Fazenda Roseira.
É uma das importantes fazendas de café de Campinas, e um ponto de observação referencial para compreendermos a história da ocupação urbana da região sudoeste. Atualmente, o que restou da Fazenda Roseira compreende uma área que tem como vizinhos os bairros Jd. Ipaussurama, Jd. Perceu, Jd. Roseira e Jd Tropical.Tem como missão estabelecer diálogos, dar visibilidade e acesso a todas as formas de expressão relacionadas com a cultura negra e africana, de modo a possibilitar o fortalecimento desse segmento em todos os meios da sociedade, tendo como pilares a cultura, a educação, o meio ambiente e o patrimônio cultural imaterial e material.
Traz em sua história a marca de ser a primeira ocupação cultural afro na cidade de Campinas, do século XX. Reúne os seguintes projetos: Nação Tainá, Fábrica de Música, Lidas e Letras, Projeto Tambor Menino, Projeto Orquestra Tambores de Aço e a Rede Mocambos, grande articuladora dos quilombos no Brasil e na América Latina, tendo como símbolo o plantio da árvore sagrada baobá, na “rota dos baobás”.
Em 1945, cinco soldados negros campineiros, ex-combatentes da FEB, construíram um clube para negros. Embora tivessem retornado da II Guerra como heróis mundiais, não podiam se associar aos clubes da aristocracia campineira por absoluto preconceito racial. Indignados pela exclusão racial, os pracinhas compraram uma gleba na Chácara Árvore Grande, nas proximidades da Vila Industrial, e fundaram o Clube Cultural e Recreativo Luís Machado, que ficou mais conhecido como “Machadinho” em homenagem ao seu primeiro presidente, Benedito Carlos Machado. A sede do Machadinho ainda é um espaço de tradição e resistência, ponto de encontro e palco dos anseios e sonhos de várias gerações de famílias negras de Campinas e região, onde se divertem e participam de festas, almoços e reuniões.
O ritual organizado há 30 anos pelas religiosas de candomblé Mãe Dango e Mãe Corajacy, com a participação de umbandistas e grupos culturais afro, usa água de cheiro com essência de alfazema e flores para lavar os degraus da Catedral Metropolitana de Campinas e molhar os participantes que acompanham anualmente, no Sábado de Aleluia, esse importante ato. O cortejo se reúne em frente à Estação Cultural e desce pela Rua 13 de Maio, marcando a diversidade religiosa e a resistência negra na cidade.
Idealizada pela militante e referência negra da cidade, Edna Lourenço, mas com a participação de diversos segmentos atuantes nas questões étnico-raciais, é realizada anualmente no dia 20 de novembro com o objetivo de exaltar a memória de Zumbi dos Palmares, além de evidenciar as pautas persistentes da comunidade negra.
O espaço cultural IBAÔ favorece o acesso da população ao contato e à experimentação das diversas linguagens da cultura e da arte, reconhecendo a diversidade cultural como fator de desenvolvimento pessoal e coletivo.
O nome foi escolhido em homenagem a avó Sebastiana, uma senhora muito querida que viveu 91 anos e gostava de reunir os amigos para fazer um samba no quintal de sua casa. Considerado referência regional, o movimento tem como característica o uso de instrumentos pouco utilizados hoje como balde, repique de anel, frigideira, prato e até tacos, além dos outros tradicionais, como surdo, cavaco, violão de seis cordas, banjo, pandeiro, rebolo, violão de sete cordas, repique e percussão. Além de cantarem composições de outros mestres da música, os integrantes se reúnem para compor músicas próprias.
Fundado em 1988, o grupo tem como missão principal resgatar, preservar e divulgar a cultura popular brasileira, tal como se manifesta em suas origens, apresentando-a ao público em forma de arte. É o grupo detentor do tradicional samba de bumbo e sua sede está localizada na Vila Teixeira, com importante atuação no resgate da participação negra nos espaços ferroviários.
O Largo de São Benedito, onde estão a Igreja de São Benedito e a imagem da Mãe Preta, guarda lembranças do antigo cemitério dos pretos, o “Cemitério Bento”. O antigo cemitério foi renomeado “Cemitério dos Cativos” e, a partir de 1848, passou a se chamar “Campo da Alegria” e a abrigar a forca, então transferida do Largo Santa Cruz. O Largo de São Benedito se transformou em logradouro público no ano de 1913, quando foi ajardinado e arborizado. A igreja foi construída por iniciativa de Mestre Tito. Meste Tito foi um importante personagem de referência negra do século XIX por ser curandeiro e escravo liberto, assim como protagonista da criação da Irmandade de São Benedito e da construção inicial da própria Igreja de São Benedito.
O Monumento Mãe Preta, inaugurado em 1984, é uma réplica da estátua do Largo Paissandu, em São Paulo. Seu autor é o mesmo, o artista plástico Júlio Guerra, que fez a obra esculpida em bronze, sobre pedestal de granito.
Seu nome se deve a uma capelinha, chamada Capela de Santa Cruz, construída em taipa, por escravos, sendo que, por volta de 1814, surgiram nas imediações as primeiras residências. Esse largo se situa em uma das principais entradas da cidade, denominada “Caminho dos Pousos”, pois ali os tropeiros e os viajantes se refaziam de suas longas viagens em direção a Goiás.
Foi no Largo da Santa Cruz que se construiu a primeira forca da cidade, em 1835, o que lhe deu a alcunha de “Largo da Forca”. Um marco desse local foi a execução do escravo Elesbão, em dezembro de 1835, acusado de matar o capitão Luiz José de Oliveira junto com outro escravo, Narciso, após cortejo saído da Cadeia Velha (atual Praça Bento Quirino) composto das autoridades públicas, o réu, o vigário, o sacristão, o carrasco, a Infantaria da Guarda Nacional e os Soldados da Cavalaria. A população local também estava presente, além de vários escravizados enviados por seus senhores para assistirem à execução no Largo da Santa Cruz. Elesbão foi enforcado, desmembrado e colocado em exposição como exemplo de alerta e ameaça aos quilombolas e libertadores. Para os que lutam por igualdade e justiça, Elesbão tornou-se um símbolo de resistência.
Fonte: POSURB – Pontifícia Universidade Católica de Campinas – SP – BRASIL – alejongo@gmail.com
Veja também o post sobre a História dos africanos em Campinas
Para saber mais sobre Campinas, clique aqui
Para a Black Friday deste ano, algumas das unidades irão oferecer descontos imperdíveis para quem…
Orlando está pronta para brilhar na temporada de fim de ano com dois meses de…
O programa Giro Brasil, atração de turismo exibida na TV Cultura, anuncia uma parceria com…
Praia Grande (Foto: Bruna Brandão) O município de Salvaterra fica localizado na ilha de Marajó…
Praiado Farol Velho (Foto: Bruna Brandão) O município de Salinópolis está localizado no norte do…
O Natal é um período mágico, onde o espírito natalino se manifesta em cada gesto…