Arquipélago localizado a 45 km da costa de São Sebastião, no litoral norte de São Paulo, Alcatrazes é um refúgio de vida silvestre, sob gestão do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
Com 70 mil hectares de área marinha preservada, o Refúgio de Alcatrazes abriga mais de 1.300 espécies, sendo que algumas estão ameaçadas de extinção, a maior quantidade de peixes da região Sudeste e o maior ninhal de fragatas do Atlântico Sul. O local é considerado berçário de vida marinha e o mar cristalino é habitado por uma ampla variedade de corais, tartarugas, baleias, arraias e golfinhos.
Além disso, as ilhas praticamente não possuem vestígios do ser humano. O arquipélago permaneceu fechado a visitas por décadas e era usado exclusivamente para treinamentos da Marinha. Até que foi aberto oficialmente para o turismo em dezembro de 2018.
Para manter esse rico ecossistema preservado, o desembarque em terra é proibido e a visitação só pode ser realizada com empresas e condutores capacitados e autorizados pelo ICMBio. No site do instituto, é possível conferir a lista completa das empresas cadastradas para o passeio, encontradas em São Sebastião, Ilhabela e Ubatuba.
O objetivo é que o turismo seja praticado com o menor impacto possível ao meio ambiente. As agências cadastradas devem seguir uma série de normas e procedimentos e são responsáveis por oferecer as devidas orientações e informações aos visitantes. Os passeios, é claro, são pagos e devem ser agendados com antecedência.
As únicas atividades turísticas permitidas são a visita embarcada e o mergulho, com cilindro ou snorkel. Depois de um trajeto de pelo menos 45 minutos pelo mar – a duração vai depender do barco utilizado –, surgem no horizonte as ilhas com seus enormes rochedos arredondados e centenas de fragatas em sobrevoo.
O mar é de um azul profundo, porém com águas cristalinas que garantem boa visibilidade para o mergulho (de 5 a 30 metros, de acordo com a época do ano). Entre novembro e maio, as águas são mais quentes e as condições climáticas são as mais agradáveis para entrar no mar e contemplar o ambiente marinho submerso.
No total, são 10 pontos para mergulho autônomo no Refúgio de Alcatrazes, cada um com suas características. Mesmo ao ficar apenas na superfície, flutuando com máscara e snorkel, é possível ver uma profusão de peixes, corais e até cavernas submarinas. E a sensação de nadar em alto-mar é inesquecível.
Para aqueles que preferem não sair do barco, a visita embarcada também garante admirar toda a beleza cênica e a biodiversidade de Alcatrazes. Algumas espécies, como a baleia-jubarte e as aves marinhas pelágicas, são mais comuns durante o outono e o inverno.
Mais informações em: icmbio.gov.br/portal/unidadesdeconservacao/biomas-brasileiros/mais-info/10213-alcatrazes
Texto por: Patrícia Chemin
Foto destaque por: Patrícia Chemin
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