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Amsterdam, a fascinante capital européia

As bicicletas dão um ar retrô à cidade, mas na verdade mostram a vanguarda dos holandeses em diversos aspectos. Fotos: Thiago de Andrade

Amsterdam, capital da Holanda, foi um dos primeiros destinos que vistamos em nossa cruzada pela Europa. Chegamos de Colônia, Alemanha, e fomos direto para Hostel Flying Pig, barato, super bem localizado e próximo de boas baladas. O quarto abriga 15 pessoas no mesmo quarto, mas o astral da cidade e do local, faz com que você não se importe com isso.

A curiosidade nos fez priorizar, entre os atrativos turísticos, um Coffee Shop. A Holanda foi um dos primeiros países a liberar o consumo de drogas recreativas em ambientes específicos e assim, há anos, vem atraindo milhares de turistas de todo o mundo.
A sensação de não estar fazendo nada errado por si só já é bem bacana. Uma diversidade enorme de ervas de diversas procedências, qualidade, aromas… e o mais interessante, pessoas do mundo inteiro, de diferentes idades, aproveitando o momento para experimentar algo novo ou simplesmente curtir um hábito. Dá para passar uma tarde ali só observando as pessoas que entram e saem do local e a reação da galera!

Heineken, a história da marca se mistura com a da cidade.

Sei que parece brincadeira, mas nosso segundo passeio foi conhecer a fábrica da Heineken! A marca faz parte da história da cidade e nos conta muito da cultura local. A visita é muito bem planejada e nos foi apresentado todo o processo de fabricação, a história dos fundadores, a evolução da empresa e, não menos importante, nos convidaram para a tradicional degustação no final! Tomar uma Heineken na fábrica, cá para nós, tem um gosto diferente.

Red Light

O terceiro passeio poderia ter sido conhecer o Red Light District, ou De Wallen, seu verdadeiro nome. Local onde se celebra a liberdade e é repleto de bares, coffee Shops e as casas das “profissionais do sexo”. Mas não é só isso não! O local tem diversos museus para se vistar como, Museu da Prostituição, Museu Erótico e outros menos bizarros como o Museu Allard Pierson (museu arqueológico da Universidade de Amsterdam) e Museu Nosso Senhor no Sótão. Este último, guarda a história das igrejas católicas que durante a Reforma Protestante eram obrigadas a ficarem na clandestinidade no sótãos das casas.

“Roxanne, you don’t have to put on the red light, those days are over, you don’t have to sell your body to the night” já dizia a letra da música cantada por Sting, The Police.
Mas as Roxannes continuam por lá! São inúmeras casas, com os quartos virados para a rua e as meninas semi nuas se apresentando… Caso um possível cliente se anime, as cortinas se fecham. O local é tão frequentando pelos turistas que os governantes locais já estudam formas de diminuir o fluxo de pessoas.

Claro que visitamos o distrito! Mas antes passeamos, sem direção, pelas ruas e canais da cidade. Para se ter uma ideia são mais de uma centenas deles na cidade e quatro já foram classificados como patrimônios culturais pela Unesco.

Van Gogh, sua presença é sentida por toda a cidade

Museu Van Gogh

Sabe aquele papo de que todos os caminhos te levam para o mesmo lugar… Em Amsterdam, este lugar é o artista Van Gogh, representado pelo seu imponente museu. Não importa por onde você ande sempre vai encontrar alguma menção a este extraordinário artista e orgulho do país. Sua conturbada vida e a genialidade de sua arte é mostrada de forma dinâmica em meio aos seus objetos, telas inacabadas, esboços, cartas…

Percebe-se a preocupação dos holandeses em aproximar o museu dos moradores da cidade e dos turistas mais jovens. Para se ter uma ideia, nas noites de sexta-feira acontecem projeções de vídeos e uma balada animada por um dj`s. Um exemplo a ser seguido no Brasil, não pela balada em si, mas pela preocupação de aproximar os espaços históricos e culturais da população local e dos turistas.

A casa de Anne Frank

Essa foi a única frustração que tive na cidade. E justamente por não conseguir ingresso para conhecer a casa. A procura é muito grande e é necessário reservar com muita antecedência. Anne Frank, uma jovem alemã de origem judaica, autora de um diário que ganhou o mundo, se escondeu com sua família por mais de dois anos no sótão desta casa, até serem descobertos e levados para campos de concentração. Apesar de ser um passeio muito triste, angustiante (mesmo para quem vê a casa por fora), é importante vermos as cicatrizes do passado para lembrarmos que ele existiu.

Painel gigante pintado pelo nosso Kobra – Orgulho de nosso artista – foto: divulgação

Se vale de consolo, nas paredes onde será inaugurado o maior museu de arte de rua do mundo, o brasileiro Eduardo Kobra nos encheu de orgulho com seu mural de 240 m² homenageando Anne. Visita obrigatória!

São mais de cem canais cortando a cidade.

Mais dicas sobre Amsterdam

  • Se você gosta de artigos vintage, Amsterdam, possui uma região inteira, Negen Straatjes, com inúmeras lojas que vendem de tudo, tudo mesmo. Não é a nossa praia, mas devo dizer que nos encantou e deu para sacar que é um paraíso para quem curte o assunto.
  • A meia hora de Amsterdam você pode vistar o Parque Keukenhof, famoso pelas tradicionais tulipas holandesas. Só que o parque só é aberto na primavera, entre março e maio.
  • A vida noturna da cidade é magistral. Bares, baladas, casas de show para todos os gostos musicais. Algumas das casas só fecham na manhã do dia seguinte, é o caso do Trouw, um club muito conhecido por aqui.

Thiago de Andrade Alves

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