Prédio construído por volta do século XIX, teve importante papel no desenvolvimento cultural do município, abrigando o Grupo Escolar “Henrique Botelho”, a primeira escola pública do município. Foi neste espaço que se acentuou o envolvimento da comunidade nos eventos promovidos pelo Grupo: festas, sessões literárias e até a criação de um centro de escoteiros em 1917.
A partir da década de 60 passou a abrigar o Ginásio. Construção presa aos padrões coloniais, como implantação nos limites do lote. Na construção do prédio, foram utilizadas três técnicas construtivas: a pedra e cal, pau-a-pique e alvenaria de tijolos.
Pedra e Cal
A pedra e cal, utilizada nas paredes externas, é a técnica utilizada desde os primeiros tempos de colônia no litoral brasileiro, onde há abundância dos materiais necessários à sua composição, consiste na alvenaria de pedra com argamassa de areia e cal obtida de mariscos triturados e queimados.
O emboço para entablamento de portas e janelas foi feito com massa e elementos cerâmicos.
As divisórias internas, nas construções do século XVIII feitas em pau-a-pique, neste caso, são em estrutura de madeira com fechamentos de tijolos em arranjos inclinados. O pau-a-pique foi utilizado em uma das divisórias internas, nos fundos (área menos valorizada da casa). Esta técnica, usada desde os primeiros anos de colônia, foi largamente utilizada na região, marcando o modo de viver do caiçara.
O uso do tijolo foi difundido a partir da segunda metade do século XIX. O prédio passou por grande reforma na década de 50 do século XX, descaracterizando-o em grande parte.
Entre 1994 e 2002, foram realizadas obras para recuperá-lo; os elementos originais foram recuperados através de pesquisa com material iconográfico, decupagens e prospecções arqueológicas.
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