A área central corresponde ao sitio de ocupação inicial da cidade onde foram construídas as primeiras edificações da época colonial. Por entre as ruas de pedras de costeira e óleo de baleia, casarios construídos com cal de conchas constituem o aspecto arquitetônico do centro histórico.
O município tem sete quarteirões e vários edifícios tombados isoladamente pelo Condephaat, desde 1969. Entre as construções mais significativas do centro, estão a Igreja Matriz, a Casa de Câmara a Cadeia e a Casa Esperança. Localizada a 209 km de São Paulo, é um verdadeiro museu a céu aberto. Poucos lugares no Brasil reúnem acervo histórico, artístico e arquitetônico tão vasto e valioso.
Andar pela cidade é como passear por páginas de um livro de história. Em São Sebastião, encontra-se a perfeita combinação de natureza e história, é o principal ingrediente da vocação turística da cidade mais antiga do litoral norte.
Bens tombados no Centro Histórico:
A primeira restauração aconteceu em 2000, que teve o objetivo de reparar a parte fisica do prédio, para manter a reconstituição e a valorização dos elementos que identificavam a antiga igreja.
Segundo Wagner Gomes Bornal, o trabalho de restauração da Igreja Matriz resgatou a história da construção do prédio, assim como a existência de ossadas de pessoas enterradas no século XVIII debaixo do piso da igreja. Com as escavações também foram encontrados sinais do piso construído no século XIX e marcas na parede identificando antigas janelas. E foi justamente durante a reabertura de três janelas na capela mor, que haviam sido fechadas em reforma anterior, que encontraram valiosas imagens sacras do século XVII.
As peças são de terracota, pintadas, e representam o primeiro período da igreja. Das seis imagens encontradas, quatro estão em bom estado de conservação e são passíveis de restauro. Uma delas, a de Santa Luzia, datada 1652. As outras imagens são: uma Nossa Senhora com menino; um Santo Antônio e um santo “Bispo”, ainda desconhecido. Também foram encontrados fragmentos de um Cristo crucificado e de uma imagem de São Sebastião.
Essas imagens sacras, atualmente encontram-se no Museu de Arte Sacra.
Construída no século XVII, acredita- se que a capela seja fruto de ato de devoção de leigos. Foram responsáveis pela sua administração os carmelitas do Guaecá, quando os franciscanos do Bairro São Francisco introduziram a devoção à Nossa Senhora do Carmo e a Paróquia de São Sebastião.
Constitui importante exemplar da arquitetura religiosa da época colonial, com técnica construtiva em pedra assentada com barro e cal e piso original em terra batida.
Em 1969, o CONDEPHAAT tombou a capela e seu precário estado de conservação fez com que, em 1978, fossem iniciadas obras de restauração.
Em 1981 foi instalado no prédio o Museu de Arte Sacra. Seguido de novo período de degradação, em 1996, foram realizadas obras para devolver a integridade estrutural, bem como reformular o Museu. A doação de novas peças, a recuperação da porta do Passo e o novo projeto museológico e museográfico, com apoio do IPHAN, tornou possível a revitalização do acervo.
Construção de pedra e cal, típica dos núcleos urbanos do litoral no séc. XVIII, é um exemplar bem simples. Serviu ao programa de uso colonial: comércio no térreo e residência no pavimento superior.
Em 1996 o imóvel foi reformado e aí instalado o Arquivo Histórico Municipal.
No decorrer da história, a igreja, elemento norteador de uma sociedade, produziu muitas características do mundo atual, desde o núcleo urbano com os jesuítas até a arquitetura religiosa, influenciando as edificações civis com suas técnicas construtivas e materiais. A tipologia da Igreja, erguida por Jesuítas, seguiam um padrão construtivo usado em todo o Brasil e, entre as duas edificações, havia uma torre sineira e um frontão triangular, caracterizando-se uma arquitetura religiosa. O interior da igreja era demarcado por um programa hierárquico, delimitando os fiéis e o clero por meio de uma plataforma no altar-mor.
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“Todas as casas tinham enormes quintais que davam para a rua de trás. Os quintais eram geralmente com cerca de taquara e as vizinhas conversavam pela cerca”
“Eu tinha um periquito que ficava num jirau na cozinha. Mamãe tinha o costume de lavar a casa. A casa em que morávamos era de assoalho de tábuas na sala e nos quartos. Só a área da frente era de ladrilho hidráulico e a cozinha e o banheiro eram de piso cimentado.”
Neide Palumbo – Livro: “São Sebastião do meu tempo de menina”
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