As igrejas de Paranaguá, cidade do estado do Paraná, contam a história de parte da colonização da Região Sul do Brasil. Como primeiro município do estado, 1648, possui rico passado, onde foi e é um dos pilares do desenvolvimento econômico brasileiro. Mesmo antes dos portugueses aqui chegarem, Paranaguá já contava com o povo do sambaqui e, mais tarde, a vinda dos índios Carijó.
Por aqui passaram personagens marcantes como Hans Staden, nos idos 1549 e Diogo de Unhate, este, aliás, oriundo da Vila de São Vicente, recebeu uma sesmaria entre Superagui e Ararapira.
Com a descoberta de ouro em Paranaguá em 1646, alardeada por Gabriel de Lara, foi nomeado pela Coroa Portuguesa uma gama de burocratas para a administração do então povoado emergente.
Essa descoberta de ouro foi a primeira, bem antes da dos Bandeirantes, e isso chamou a atenção, não só das autoridades, mas também de outros que chegaram e transformaram a região em um lugar de esperança na aquisição de riquezas. Essa busca também deu uma importância enorme à Paranaguá, tanto é que foi elevada a categoria de Capitania, extinta somente em 1710, quando passou a pertencer à Capitania de São Paulo.
Esse rico passado deixou marcas na arquitetura de casas e templos católicos importantíssimos na preservação da história do Brasil Colônia. São eles:
Edificada entre 1571 e 1578, por escravos, foi retratada por Hans Staden quando da sua passagem.
Podemos dizer que essa igreja é o marco inicial do povoado de Paranaguá. A partir dela é que casas foram construídas tendo o templo como o centro. Em 1962, foi elevada a Catedral Diocesana.
Onde: Largo Monsenhor Celso – Centro Histórico.
Construída pela Irmandade de São Bendito data entre os anos de 1600 e 1650. Aqui, negros alforriados frequentavam e adoravam o Santo que não era reconhecido pelo Vaticano. O material de sua construção foi retirado das ruína da antiga igreja Nossa Senhora das Mercês.
Onde: Rua Conselheiro Sinimbu – Centro Histórico.
Frequentada pela aristocracia da região, possuía, em seu terreno, um cemitério dedicado aos seus sacerdotes e também às crianças.
Onde: Rua XV e Novembro – Centro Histórico.
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