O ano era 1900 e, na cidade de Campinas, um grupo de alunos do Colégio Culto à Ciência passava suas tardes jogando bola em campos improvisados em um bairro de nome curioso: Ponte Preta. A vizinhança fora assim batizada em virtude de uma ponte de madeira feita pela ferrovia e que, para ser mais bem conservada, havia sido tratada com piche.
Os jovens alunos que, naquele dia 11 de agosto, resolveram fundar um clube não tiveram dúvidas ao nomeá-lo com o mesmo nome do bairro. Ali surgia a Associação Atlética Ponte Preta, o primeiro clube do Brasil em funcionamento ininterrupto e dono da maior torcida do interior do País.
Ao longo do tempo, a Ponte Preta fortaleceu o futebol regional e se tornou um dos grandes clubes brasileiros, gozando de reconhecimento internacional pela formação de atletas que marcaram época, diversos deles convocados para a Seleção Brasileira de Futebol. O maior feito foi o segundo lugar da Copa Sul-Americana de 2013. Tornando-se o único time do interior a disputar uma final continental – é considerada a quinta força do Estado de São Paulo (atrás apenas dos chamados “quatro grandes”). E é o único time de Campinas na elite das competições que disputa.
De 1912 a 1951, foi 10 vezes campeã da Liga Campineira de Futebol
1923 – Campeã da Zona Paulista
1925 – Campeã da 4ª Região do Campeonato Paulista
1927/1951 – Campeã Paulista do Interior
1930 – Campeã da 4ª Região do Campeonato Paulista
1947 – Campeã do Torneio de Verão da Federação Paulista de Futebol
1969 – Campeã da Séria A2 (time apelidado de “Expresso da Vitória”)
1970 – Taça dos Invictos
1970/1977/1979/1981/2008 – Vice-campeã Paulista da Primeira Divisão
1978 – Troféu “Governador do Estado”
2009/2013 – Campeã Paulista do Interior
Em 20 de novembro é comemorado o Dia da Consciência Negra e a Associação Atlética Ponte Preta se orgulha de, além de ser o primeiro time de futebol fundado no Brasil em atividade ininterrupta, ser também a primeira democracia racial no futebol brasileiro. Tanto dentro dos campos como fora deles, a “Macaca” foi pioneira em ter cidadãos afrodescendentes em seus quadros. Sem nenhum tipo de preconceito, desde a fundação do time em 11 de agosto de 1900.
Entre os fundadores da Ponte estavam negros e mulatos, como Benedito Aranha, por exemplo, que fez parte da primeira diretoria alvinegra. Já Miguel “Migué” do Carmo tornou-se jogador titular do primeiro elenco pontepretano, ainda no ano de sua fundação. Há quem pense que os primeiros times nacionais a aceitar negros e afrodescendentes foram os cariocas, como o Bangu que, em 1905, escalou Francisco Carregal. No entanto, quando isso ocorreu, já fazia cinco anos que Migué do Carmo tinha entrado em campo com a camisa alvinegra pela primeira vez.
A torcida do clube sempre foi entusiasmada e acompanhava o time em todos os jogos pelo interior do Estado de São Paulo. Por ter na torcida uma base popular e operária, e por ter muitos negros tanto em campo como fora dele torcendo pelo sucesso do time, muitas vezes os jogadores eram recebidos nos estádios adversários de maneira hostil. Os rivais falavam que a torcida era formada por “macacos”, que o time era uma “macacada”. Em vez de brigar, a torcida transformou hostilidade em bom-humor! E assumiu o apelido: a Ponte tem orgulho desde sempre de ser a “Macaca”. Todos os seus torcedores amam a Macaquinha e fazem questão de ser os macacos do alambrado.
Fonte: pontepreta.com.br
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