É muito comum que nós, brasileiros, pensemos que a Segunda Guerra Mundial foi um capítulo da história alheio aos nossos interesses e envolvimento. Depois de deflagrada a guerra, o Brasil inicialmente indeciso quanto à posição a tomar, percebeu por forças maiores que a união aos países aliados (Estados Unidos, Rússia e Inglaterra) seria a melhor opção. Por aqui, as cidades litorâneas eram obrigadas a colocar panos pretos nas janelas durante a noite. Há relatos de submarinos alemães em nossa costa.
Havia escassez de todo tipo de mercadoria, principalmente alimentos derivados do milho, que importávamos; havia filas enormes à procura de gêneros variados. Movimentos nacionalistas do governo federal intimidavam clubes e associações alemãs, italianas e japonesas. Muitos que viviam pacificamente por aqui foram levados para locais de trabalho forçado. E, culminando todas essas influências, tivemos de despachar soldados para linhas de frente em alguns pontos do conflito na Europa. Nossos soldados foram para a Itália e houve muitos feridos e mortos em combate. Esses soldados, oriundos de profissões em nada relativas ao exército, eram jovens lavradores, estudantes, ou seja, uma grande geração que podemos chamar de heroica pela bravura e pela honra.
Na Região Bragantina, foram dezenas de intrépidos combatentes que deixaram suas casas e famílias para viver uma realidade atroz longe da pátria. São eles:
Adão de Camargo (1920–1976) – Cabo enfermeiro; Alfeu Ferreira – condecorado por bravura; Alfredo Lino de Camargo (1943–?); Américo Soares Acedo (1921–1981); Antônio Esteves (1922–1965); Antônio Hunger de Oliveira (1922–1992) – Rádio-operador; Antônio La Salvia (1921–1990); Antônio Leite de Almeida (?–1990); Antônio da Silva Leme (1921–2000); Augusto Faustino Pinto (1915–?); Basílio Zecchin Júnior (1919–1945) – morto em combate; Christovam Lopes Herrera Filho (1920–1991); Dante Francisco Chiarioni (1921–2005); Décio Conceição dos Santos (1921–1948); Décio Daltrini (1920–1996) – Cabo enfermeiro; Demerval de Oliveira Leme Domingos Acedo Garcia (1920–1979) – Soldado enfermeiro; Francisco Sciola (1921–?); Genor Brajão ((1922–?); Geraldo Genésio dos Santos (1919–1991); Harry Fernandes (1920–?); João Duran Alonso (1920–1972) – 3° Sargento por merecimento; João Nogueira Gonçalves de Souza (1921–?); João Pereira da Silva Júnior (1921–?); José Antônio Di Próprio (1922–1991); José Capodeferro (1920–1985); José Franco de Macedo (1921–1965); José Lamartine Cintra (1916–2005) – 3° Sargento do Serviço de Transmissões; Lázaro Veroneze (?-?); Luiz Caetano de Moura (1921–?); Luiz Eufrálio Raimond (?–?); Luiz de Lima (?– ?); Moacyr Mendes de Oliveira (1919–1994) – Cabo enfermeiro; Moacyr Pinheiro (1921–?); Normando Bonventi (1919–2008); Olympio Ferreira Cintra (1917–1997); Otávio Pereira Leite (1920–1993); Raul Rosa (1921–2008); Ricieri Zadra Piniani (1921–1982); Sebastião Aparecido de Souza (?–?); Sylvio Ballestreri Júnior (1919–1998); Theodomiro Carlos de Oliveira (1921–1993); Vair Duarte (1921–1986) – Ferido em combate; Vicente Bernardi (1919–2000).
Para saber mais sobre os eventos e os relatos a respeito, indicamos a leitura de A casa das laranjas, escrito por Márcio José Celestino Faria [(2009, edição independente. Pode ser encontrado em Bragança Paulista – Banca do Pardal (centro), Banca da Panificadora Estância e na Livraria da Praça (Praça Raul Leme). Na Internet: Estante Virtual (www. estantevirtual.com.br)]
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