DA MISCIGENAÇÃO DE ÍNDIOS, NEGROS E EUROPEUS NASCEU O CAIÇARA. Em sua origem, caa-içara é um termo tupi-guarani: caa significa galhos, paus, mato, enquanto içara significa armadilha. Acreditamos que o caiçara seja realmente um pouquinho de tudo isso, aprimorado. Vive da pesca, da agricultura, de artesanato, dos produtos da mata. Possui a engenhosidade do europeu, a sensibilidade do indígena, a coragem do negro.
Conhece os segredos da mata, do mar, do tempo, das tempestades, dos muitos dias sozinho em águas turbulentas e, como a maioria dos brasileiros, sabe que somente com fé pode viver um dia de cada vez. O mais interessante é que, mesmo com a modernidade e a globalização, as pessoas que nasceram nas cidades da Baixada Santista carregam com muito orgulho a denominação “caiçara” e fazem questão de dizer que, com o legado de seus antepassados, guardam dentro do coração todas as características naturais de suas origens. Aqui citaremos as comunidades que ainda preservam um pouco desses aspectos e estilo de vida.
Astúrias e Perequê – Guarujá
As Astúrias foi uma das primeiras praias do Guarujá a ser habitada e atualmente possui uma grande
quantidade de edifícios, porém em seu canto direito preserva a tradição da pesca de vara e também
abriga embarcações pesqueiras centenárias. Um excelente horário para visitar o local é no fim de
tarde, quando os pescadores lançam suas linhas e podemos conhecer vários tipos de pescados da região. Já a praia do Perequê sempre foi conhecida por seus ranchos, a beira da estrada e com vista para o mar, que oferecem as melhores receitas de peixes e frutos do mar dentro da tradição caiçara.
Mar Pequeno – Praia Grande
Reduto de pescadores que abrigam suas embarcações transformando um local colorido pelos barcos pesqueiros e de passeio.
Guaraú e Barra do Una – Peruíbe
Nestas praias, podemos observar a atividade da pesca artesanal realizada em lindos barcos coloridos que salpicam o mar, além de desfrutar da natureza exuberante em trilhas e da chance de “lagartear” nas areias, em um gostoso banho de sol.
Praia Branca – Guarujá
No final do século XIX, uma família veio para esta praia que fica na reserva ambiental da Serra do Guararú, já na balsa Guarujá–Bertioga. A Praia Branca, com sua beleza natural esplendorosa e em isolamento geográfico, fez dessa comunidade um típico exemplo da vida caiçara. Hoje, a pesca não é mais sua principal fonte de renda, e sim o turismo e a vinda dos praticantes de surfe que movimentam as pousadas e os restaurantes locais.
Ilha Diana – Santos
Com acesso por via marítima, a partir do atracadouro da Alfândega, esse refúgio guarda uma coleção de fauna e flora nativas e uma comunidade que sobrevive da pesca e de artefatos de uso rotineiro. Quando é época da festa do Bom Jesus, em agosto, os visitantes podem se deliciar com a fartura das tainhas preparadas na brasa, dos camarões e outros pratos deliciosos à base
de frutos do mar.
Praia dos Pescadores – Itanhaém
Lindo recanto, repleto de valentes embarcações que enfrentam a fúria das ressacas. Bom para passar um
dia, ouvindo as histórias dos moradores antigos que, com simpatia ímpar, fazem as horas parecer apenas
minutos de grande prazer.
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