Desde séculos e séculos passados, existe a peregrinação de devotos dos mais diversos Santos na cidade. E a vontade de São Sebastião em figurar entre os municípios mais religiosos do Estado de São Paulo não para por aí; entre a área central e seus vilarejos, de uma esquina a outra, destacamos inúmeros pontos sagrados espalhados nas praias da costa litorânea. O sentimento religioso sempre foi o forte na região e, como em todo Brasil, marcado pelo sincretismo.
As capelas caiçaras foram construídas entre 1920 e 1960, como por exemplo, as capelas de Boiçucanga (Boissucanga), Maresias, Barra do Sahy, Barra do Una, Cambury e Toque-Toque Pequeno. Uma área privilegiada era destinada à capela em devoção do santo escolhido: Santa Ana, São Benedito, Nossa Senhora Imaculada Conceição, são alguns deles, muitas vezes, sendo construída por esforço do povo local, com a renda da pesca.
As singelezas dessas construções marcam um modo de vida e um momento de ocupação de cada bairro. Seja qual for a capela escolhida para rezar, e são muitas as opções, resta a certeza de que a construção dela é uma mostra significativa da religiosidade desses moradores.
Lenda de Juquehy
Dizem que, até os anos 60, o povoado fazia uma procissão das almas penadas, à noite. E, naquela época, não tinha energia, era tudo no escuro. Todo o povo que morava lá participava, até os bairros vizinhos. Faziam uma fila de dois e as mulheres iam com um véu na cabeça. Uma fila ficava enorme. Como dizia a tradição, um menino ia na frente tocando uma catinga triste no tambor.
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