Situada bem no finalzinho do mapa, quase na Guiana Francesa, o único jeito de chegar até Macapá é por viagem aérea ou marítima, afinal, a região não possui conexão por rodovia com nenhuma capital. Favorecida com uma localização estratégica, a sua costa é banhada pela foz do Rio Amazonas enquanto sua outra parte está repleta de recursos amplamente naturais, bem como construções históricas.
Apelidada de “Capital do Meio do Mundo”, por ser a única cidade brasileira a ser cortada pela Linha do Equador, é no Marco Zero que está a referência a esse fato. Pare em frente ao obelisco e relógio de sol, coloque um pé no Hemisfério Sul e outro no Hemisfério Norte, assim poderá brincar de estar em dois lugares ao mesmo tempo. Além disso, prepare-se para o intenso calor, já que o clima por lá e quente e úmido, com temperaturas que podem atingir os 40°C.
Com uma área de 20 mil metros quadrados, espaço verde e ambientações voltadas à cultura do povo amapaense, no Museu Sacaca do Desenvolvimento Sustentável o visitante tem a chance de conhecer de pertinho um pouco dos costumes e tradições locais. Descubra a história do povo ribeirinho, desvende a fauna e flora da região amazônica e, ainda, entre em contato direto com as comunidades locais para adquirir novos conhecimentos da região. As exposições, em sua maioria, a céu aberto, são permanentes. A entrada é gratuita.
Um dos passeios mais procurados é o de barco pelo rio Amazonas – este, diga-se de passagem, que pode ser tranquilamente confundido com o mar – seja pela capital ou ilhotas próximas. Escolha o que deseja fazer, as opções são inúmeras e vão desde de nado com botos, apreciação de pássaros e vida marítima ou, apenas, curtir a fascinante vista de um destino sem igual.
A flora amazônica é, de fato, impressionante. Na Trilha das Samaúmas, localizada dentro da Ilha de Santana, é possível encontrar o maior tipo de árvore da região. A floresta abriga plantas que datam mais de 400 anos e é o local ideal para quem deseja se conectar com a natureza intocada, em seu estado mais puro e milenar.
Considerada um dos pontos turísticos mais antigos da cidade, o Forte de São José de Macapá foi construído pelos portugueses para se deferem de uma possível invasão dos franceses – que já haviam tomado as terras da Guiana. Durante os anos 50, foi considerado um patrimônio e tombado pelo IPHAN como parte da cultura brasileira. Atualmente, recebe visitas guiadas e é um ótimo point para tirar fotos, em especial, do rio Amazonas.
Bem pertinho dali, outros locais históricos valem a visita, como a Casa do Artesão e o Trapiche Eliezer Levy. Este foi construído antes mesmo do Amapá ser considerado estado, e hoje é um dos principais pontos turísticos de Macapá.
Gastronomia
Com fortes influências culinárias do Pará e pratos indígenas, a gastronomia regional do Macapá conta com sabores fortes e iguarias típicas. O açaí, pasmem, é servido em formato de caldo e funciona bem como acompanhamento de peixes, camarões, carnes vermelhas e mandioca. Tacacá e tucupi também fazem parte da cena. As frutas são um destaque a parte, em especial, o caju e o cupuaçu que são bem-vindos em sucos para refrescar.
Como chegar
Para quem vai de avião, o Aeroporto de Macapá recebe diariamente voos nacionais das principais capitais brasileiras. Se escolher ir de barco ou balsa, a melhor opção é partir de Belém, no Pará, que possui o melhor acesso fluvial e oferece partidas diariamente.
Hotelaria
Na capital, é possível encontrar hotéis de médio e pequeno porte, pousadas e hostels.
Texto por: Carolina Berlato
Imagem Destaque: Márcia do Carmo – MTUR
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