Ícone da cidade
Estranho sugerirmos um passeio em um cemitério? Fúnebre? Não, pois estamos indicando um dos ícones da cidade: o Cemitério da Consolação.
Em funcionamento desde 1858, este campo-santo é o mais antigo e o mais rico da capital, em termos históricos e artísticos. Aqui foram sepultados grandes personagens que edificaram a região. Contém cerca de 300 obras de famosos artistas contratados para ornamentar os túmulos (arte tumular).
Arquitetado por Carlos Rath e contando com doações feitas por personagens como Domitila de Castro (Marquesa de Santos), esse cemitério teve enorme impacto na melhoria da saúde pública, pois serviu para substituir os enterramentos dos corpos dentro de igrejas e átrios. Com isso, evitou o aumento no número de vítimas de epidemias, como a da varíola em 1858.
De início, todos, incluindo os escravos, eram ali sepultados. Porém, no século posterior, somente a elite paulistana teria o privilégio de ter sua última morada no Cemitério da Consolação, pois os jazigos eram caros e seus paramentos se tornaram importantíssimos para o status social, contribuindo para demonstrações de poder por meio de suas obras de arte.
Vários mortos ilustres merecem destaque, como Tarsila do Amaral, Mário de Andrade, Monteiro Lobato, Jorge Street, membros da família Matarazzo (o maior mausoléu da América Latina), Paulo Vanzolini, Paulo Goulart. Entre os artistas tumulares temos Nicola Rollo, Luigi Brizzolara, Victor Brecheret, Ramos de Azevedo e Celso Antônio Silveira Menezes.
Agendamento: [email protected]
Onde: Rua da Consolação, 1.660 – Consolação.
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