Em 10 de julho de 1872, pelas mãos da família Silva Prado e de Antônio de Queirós, José Estanislau do Amaral e José Manuel da Silva (Barão do Tietê), foi assinado em Campinas o documento de fundação da sociedade que daria origem à Companhia Mogiana de Estradas de Ferro, cujas obras começaram em dezembro do mesmo ano. Em 1875 ficou pronta a primeira etapa do trajeto: Campinas/Jaguariúna com um trecho de 34 km. Três meses depois chegou a Mogi-Mirim, totalizando 41 km. Sua inauguração teve a presença ilustre do Imperador Dom Pedro II.
Nesse mesmo ano a ferrovia chegou a Amparo, acrescentando mais 30 km. Em 1878, alcançou a cidade de Casa Branca, perfazendo um total de 172 km.
Mais tarde, a Companhia Mogiana conseguiu estender seus trilhos até Ribeirão Preto e depois ao Triângulo Mineiro e ao Sul de Minas Gerais, chegando a Poços de Caldas e, de volta ao Estado, Franca.
Acrescentando a Navegação
Em 1888, a ferrovia transpôs o rio Grande e então passou a se chamar Companhia Mogiana de Estradas de Ferro e Navegação, pois faria o modal no próprio rio. Ainda adquiriu as Companhias Ramal Férreo do Rio Pardo, Agrícola Santos Dumont e Estrada de Ferro Funilense.
Um verdadeiro império sobre rodas de ferro que conquistou o Oeste. E também atingiu vias importantes e ricas de Minas Gerais, integrando quase dois mil quilômetros de extensão.
Porém, com a queda da Bolsa de 1929 e depois a Segunda Guerra Mundial, e o declínio, não só da Mogiana, mas de todas as outras ferrovias, ela passou a ser controlada pelo governo do Estado de São Paulo, precisamente em 1952, sendo incorporada pela FEPASA em 1971.
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