O povo caiçara é o resultado da mistura de índios, europeus e negros. Essa brava gente se destaca em seus hábitos peculiares, nos solos arenosos e muitas vezes pobres, e na intimidade com o mar. São denominados “caiçaras” os que se fixaram no litoral dos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná. Apesar de a colonização brasileira ter começado pelo litoral, as condições climáticas eram obstáculos incalculáveis para a falta de estrutura e abrigos locais. Foi preciso muita determinação e adaptação para superar todos os infortúnios.
Para tanto, os conhecimentos ancestrais de índios, negros e europeus conseguiram, aos poucos, criar uma harmonia e um desenvolvimento econômico e social razoável ao estabelecimento definitivo na região. A cultura caiçara de Cananeia está impregnada em muitas vertentes sociais como no linguajar, na gastronomia, no modo de pesca, nos produtos agrícolas, na arquitetura e na religiosidade. Com o passar dos anos, o aumento de pessoas de outras culturas, a especulação imobiliária e a evolução social, fez com que as legítimas comunidades caiçaras se espremessem em recantos onde ainda podem viver como no passado, salvo tecnologias fundamentais para os ajustes evolutivos.
Comunidades Caiçaras
Cananeia abriga a maior parte dessas comunidades, principalmente na Ilha do Cardoso que, como Parque Estadual, conseguiu preservar o ambiente natural dos caiçaras. Nessas comunidades temos a oportunidade de nos hospedarmos e passarmos dias com cultura singular e entendermos suas dificuldades e suas crenças. Todas essas comunidades estão localizadas na Ilha do Cardoso:
- Comunidade do Marujá
- Vila Rápida
- Enseada da Baleia
- Pontal de Leste
- Camboriú
- Foles
- Pereirinha
- Itacuruçá
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