O Reino de Marrocos está localizado na denominada Região do Magrebe. Essa região abrange o noroeste africano e inclui Marrocos, Argélia, Tunísia, Mauritânia e Líbia. Geograficamente, essa região é extremamente estratégica, pois seu limite ao norte é o Mar Mediterrâneo e a oeste, o Oceano Atlântico. No interior, o Saara predomina e a Cordilheira do Atlas, com 2.410km, corta a região. E é no sopé dessa cadeia montanhosa que Marrakech está situada.
Por sua excelente posição geográfica, o Reino de Marrocos possui uma história repleta de invasões e por essa razão sua cultura acumulou influências de vários povos e religiões. Esse é um dos motivos pelo qual a cidade é uma das mais turísticas do continente africano.
Os berberes formaram a base dos seus habitantes. O povo berbere (“homens livres”), ainda é grande parte da população, como o caso dos tuaregues que transitam pelo deserto do Saara.
Marrakech foi fundada em 1062 pelo militar Abu Becre ibne Omar, da dinastia dos Almorávidas. Abu fez de Marraquexe um centro religioso e cultural do norte africano. Para isso, construiu várias mesquitas, muitas escolas corânicas (madraças), e palácios decorados por artesãos vindos da Península Ibérica, quando do domínio muçulmano de Espanha. Com o desenvolvimento da cidade, muitos imigrantes chegaram e o comércio floresceu, transformando Marrakech na capital do Império Almorávida.
No Saara, monges-soldados islâmicos dominaram pela força territórios ocidentais, entre os séculos XI e XII, anexando ao seu domínio a Mauritânia, o Marrocos, o Saara Ocidental e parte do sul da Península Ibérica.
Entre 1122 e 1123, Ali ibne lúçufe construiu as muralhas que circundam a cidade, que resistiram a invasões e ao tempo e hoje são um grande atrativo turístico. Após a queda da dinastia Almorávida em 1269, outras subiram ao poder, porém sem aumentar a influência de Marrakech no mundo islã. O reflorescimento da cidade vem com a subida ao governo das vertentes saadiana e alauita, nos séculos XV e XVI.
No início do século XX, a França, com o pretexto do assassinato do médico francês Dr. Mauchamp, na cidade de Marrakech, invadiu o Marrocos e transformou o Reino em um Protetorado, que durou entre os anos de 1912 e 1956.
Por suas edificações e cultura, Marrakech, nas décadas de 1950 e 1960, tornou-se um grande destino turístico, principalmente para os hippies, os artistas famosos americanos, estrelas do rock e da moda mundiais.
Ao passearmos pelas ruas de Marrakech, temos a nítida impressão de que estamos voltando no tempo de algumas cidades da Península Ibérica. Essa semelhança se dá pela influência da época em que os muçulmanos conquistaram parte do território espanhol. A marca hispano-mourisca determina as belezas e particularidades da maioria das edificações que são classificadas por seus propósitos e características distintas, como: riads (casas tradicionais), muralhas, kasbah (cidade fortificada), mesquitas (templos religiosos islâmicos), medersas (escolas islâmicas) e palácios.
As feiras são denominadas “souks”. Nelas, nossos sentidos se exaltam pela pluralidade de cores, cheiros e atrações tão características e típicas do norte africano. Na praça Jemaa el Fna encontramos tudo que resume a cultura marroquina. Esse local é considerado Patrimônio Mundial e, sem dúvida que, quem a visitar não se arrependerá. Segundo relato dos locais, o local da praça já foi uma área para execução de penas capitais. A famosa pechincha é uma das mais pitorescas experiências que podemos ter. Discutir os preços é parte essencial das compras. Por vezes, até banquinhos são oferecidos para melhor negociar as mercadorias.
Destaque como componente em diversos produtos cosméticos, o óleo de argan é produzido em larga escala em Marrakech. Mas, ainda podemos ver várias mulheres dedicadas na extração e na fabricação desse ingrediente de maneira artesanal. Sentadas no chão, com uma pedra na frente e uma marretinha nas mãos, elas vão tirando a amêndoa do fruto e depois cozinha-los em pedra e barro, produzindo o óleo. Podemos conversar com elas e a sabedoria milenar é passada para nós de forma tranquila e prazerosa.
Aqui, fizemos um pequeno esboço das maravilhas que encontramos nessa cidade cosmopolita que é Marrakech. Infelizmente, fotografias e textos não transmitem os cheiros e a atmosfera que envolvem essa que um dia foi a capital do Reino de Marrocos. Perdeu sua majestade, mas continua imperial em seus costumes, sua cultura e, porque não dizer, sua amabilidade e tolerância com os que a visitam.
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