As cidades de Pindamonhangaba e Campos do Jordão são privilegiadas por contarem com um dos mais pitorescos meios de transporte: o trem. A ideia desse trem surgiu dos médicos sanitaristas Emílio Marcondes Ribas e Victor Godinho, em 1911, para facilitar o transporte dos doentes de tuberculose até Campos do Jordão, depois de terem projetado uma vila sanitária na cidade. Foi inaugurada em 15 de novembro de 1914. Com a Primeira Guerra Mundial, a ferrovia passou por grandes problemas financeiros e o governador de São Paulo, Francisco de Paula Rodrigues Alves, decretou que o Estado encampasse a ferrovia. Em 1924, o trajeto foi totalmente eletrificada pela English Electric.
Em sua função básica, desempenhou um papel crucial de ajuda aos pacientes e também no escoamento de produtos agrícolas da região, mas o seu melhor momento ainda estava por chegar. Ao término da ingrata fase da doença dos românticos, começa na década de 1970 a fase do turismo, o que deu à via férrea um propósito mais ameno. Diante das belezas naturais da Serra da Mantiqueira, logo se tornou um dos principais cartões-postais da cidade.
Ao longo de seus 47 quilômetros, a uma velocidade média de 32 km/h, o passageiro pode se deslumbrar com os panoramas da região, mas o fato mais interessante é que em alguns trechos de serra a velocidade cai para 16 km/h. Dentre as estações a mais alta é a Parada Cacique, também chamada Alto do Lageado, a 1.743 metros de altitude. Sabendo disso, nem é preciso falar da visão espetacular que se tem de toda a cidade e arredores.
Inaugurada em 1922, com a presença do então presidente da República, o dr. Epitácio Pessoa, é a estação de marco zero, ponto de partida da estrada de ferro. O edifício da estação foi construído segundo o modelo arquitetônico da estrada de ferro Central do Brasil – Pindamonhangaba.
Inaugurada em 1916, possui a vila ferroviária, o virador e a subestação da ferrovia. Local agradável, em uma altitude de 1.162 metros, equipado com uma lanchonete que tem petiscos maravilhosos e, ao lado, o Mirante de Nossa Senhora Auxiliadora – Santo Antônio do Pinhal.
A primeira estação dessa estrada de ferro foi concluída em 1919 e o responsável pela obra foi o engenheiro José Antônio Salgado. O nome “Abernéssia” tem uma origem curiosa: vem da Escócia, em uma composição do nome das cidades de Aberdeen e Inverness. O prefixo “aber-” (da língua celta) significa confluência de rios, e o sufixo “-ness” (de origem escandinava) indica promontório. A estação foi restaurada em 1976. Campos do Jordão.
O nome original dessa estação era Campos do Jordão, mas foi alterado para homenagear o importante médico dr. Emílio Ribas. A obra da estação foi de responsabilidade dos irmãos Mondim e Nascimento, que a inauguraram em 1924. Originalmente, as paredes no interior da estação eram todas pintadas com belas imagens retratando a natureza local. Campos do Jordão.
Pindamonhangaba – km 0 – 552 metros
Parque Reino das Águas Claras – km 17 – 552 metros
Santo Antônio do Pinhal – km 28 – 1.162 metros
Abernéssia – km 43 – 1.585 metros
Emílio Ribas – km 47 – 1.573 metros
Por meio da atualmente denominada Estrada de Ferro Central do Brasil, o imperador Dom Pedro II queria integrar o restante do Brasil à então capital, Rio de Janeiro. Em 1855, sob o gerenciamento de Christiano Benedicto Ottoni, deu início a essa monumental obra. A ligação chegou à Província de São Paulo em 1875, às margens do rio Paraíba. Em 1889, após a proclamação da República, essa estrada de ferro passou a se chamar Estrada de Ferro Central do Brasil.
Em 1906, foi construído o ramal de Piquete – Estação Rodrigues Alves, anos mais tarde Piquete, a 636 metros de altitude, chamado Estrada de Ferro Lorena–Benfica. Servia para atender ao transporte de produtos da fábrica de materiais bélicos do Exército Brasileiro em Piquete. Em 1907, foi concluído, com uma linha exclusiva para a fábrica – estação Estrela do Norte. Piquete/SP
“A estação foi aberta com o nome de Venceslau Brás, em data indefinida. Mais tarde (antes dos anos 1940) passou a se chamar Estrela do Norte. Ficava no trecho controlado pelo Exército, entre as estações de Piquete e Limeira, e servia à vila militar, ao lado. Da estação partia uma linha de bondes e trólis que serviam à vila, dentro da qual existia uma estação pequena, chamada Serrinha, no meio de uma praça ajardinada”. Fonte: www.estacoesferroviarias.com.br. Piquete/SP
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