Procissão de São Pedro
Há mais de meio século, acontece, todos os anos, a procissão de São Pedro, uma homenagem dos pescadores ao seu santo protetor. O evento é acompanhado por turistas e ilhéus.
A imagem de São Pedro, padroeiro dos pescadores, deixa a Igreja Matriz de Ilhabela e participa da Missa Campal realizada em frente à Colônia dos Pescadores.
Em seguida, acompanhada pelo Pároco local e pelo Coro da igreja entoando o hino a São Pedro, a imagem é colocada em barco de pescadores locais, que conduzem a procissão com destino ao Bairro de São Francisco, em São Sebastião, Praia da Armação. E finalmente rumando para o ponto de partida no centro de Ilhabela.
Neste momento, ainda acompanhada pelo pároco e pelo coro, a imagem é retirada do barco e conduzida de volta à Igreja Matriz.
Antigamente, a procissão era acompanhada por grande queima de fogos de artifícios. Porém hoje é proibida durante o percurso, restringindo-se à partida e chegada da procissão.
Tanto os barcos de pesca como os de turismo, são ornamentados. Existe uma promessa antiga, feita por um pescador já falecido, Sr. João S. Carvalho, de enfeitar os barcos todos os anos com bandeirinhas coloridas de papel de seda. Sua filha D. Alice Carvalho, comerciante em Ilhabela, mantém até hoje a promessa feita por seu pai e se encarrega da ornamentação dos barcos, mantendo assim uma tradição de muitos anos.
Festa de Santa Verônica
Ao observar as feições dos moradores da praia do Bonete, percebem-se vestígios da descendência Européia, ora nos olhos azuis, ora nas cabeleiras loiras. Mas esse não é único traço que os desbravadores do mar, oriundos do velho continente deixaram na região.
A religião católica trazida com eles foi outra característica que sobreviveu aos séculos. E ainda hoje é lembrada e comemorada como no momento em que chegavam às terras ilhabelenses as primeiras naus Européias. Segundo os mais antigos, a padroeira do Bonete é Santa Verônica, porque foi achada uma imagem da santa no mar e resolveram levantar uma igreja, que até hoje abriga a imagem.
Alguns dizem que ela caiu de algum navio pirata, outros dizem que era navio cargueiro, por volta do ano de 1800. Acredita-se que a nau veio da Alemanha.
Atualmente a festa é realizada no dia 09 de julho, começa dia 1º e vai até o dia 9, com a novena de Santa Verônica. O hasteamento do mastro da Santa é feito pelo “capitão do mastro” sob o estourar dos fogos de artifício, onde é servida a “consertada”, bebida típica de Ilhabela.
A missa é na pequena igreja, toda enfeitada pelas mulheres escolhidas no ano anterior, chamadas de “juizada” (festeira). Na igreja, os homens ficam de um lado e as mulheres do outro. À noite, a fogueira é acesa pelo “capitão da fogueira”. Interessante é a ladainha (oração) cantada em latim e o leilão de prendas na quermesse.
Santa Verônica
É de origem italiana, de família nobre, nascida em Mercatello em 1660 com o nome de Úrsula. Desde os três anos, estava voltada para a religião e já muito cedo ajudava os pobres. Entrou para a ordem das capuchinhas e tomou o hábito, em 28 de outubro de 1678, recebendo o nome de Verônica. Faleceu em 9 de julho de 1727 , com 67 anos. Em 1859 foi santificada pelo papa Gregório no século XVI.
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