Desde a descoberta do Brasil e suas riquezas naturais, nosso litoral foi atacado por diversas nações em busca de novas matérias-primas, como pau-brasil, ouro e pedras preciosas, além de mão de obra entre os índios. Com isso, muitas foram as construções destinadas à defesa do território contra investidas estrangeiras, que também serviam de refúgio diante do ataque de índios adversários. Estratagemas eram constantemente utilizados, principalmente em canais naturais como os de Bertioga e São Sebastião, onde eram erguidos fortes dos dois lados para melhorar a eficiência da defesa. Essas construções, hoje preciosas instalações históricas, apresentam muitos patamares de conservação e com elas podemos ter uma noção mais abrangente de sua importância estratégica ao visitarmos cada uma delas.
Depois de um ataque, em 1583, desferido pelo corsário inglês Edward Fenton à Vila de Santos, o rei Felipe I mandou construir a Fortaleza da Barra Grande para defender a entrada da Vila. Já o Fortim do Góes foi erguido em 1767, com o objetivo de barrar o desembarque de inimigos na praia do Góes, que dá acesso por terra à Fortaleza da Barra. Hoje abriga acervo referente à época e réplicas de galeões e naus.
Onde: Praia de Santa Cruz dos Navegantes e do Góes – Guarujá.
Essa construção, datada do século XVI, serviu primeiro apenas como armazém de munições, porém, após a invasão do pirata inglês Thomas Cavendish, em 1591, a fortaleza se tornou uma das principais do país. Pode ser vista apenas de dentro de embarcações de turismo que adentram o canal do Porto de Santos.
Onde: Distrito de Vicente de Carvalho – Guarujá.
Última fortaleza construída no país, o Forte dos Andradas, datado de 1942, guarda em suas instalações a 1ª Brigada de Artilharia Antiaérea. As visitas são monitoradas.
Onde: Rua Horácio Guedes Barreiros, km 3,5 – Guarujá.
O Forte São Felipe foi construído a mando de Brás Cubas, em 1552, com o intuito de assegurar que a entrada do Canal de Bertioga fosse salvaguardada junto ao Forte São Thiago, localizado do outro lado do canal.
Onde: ao lado da travessia da balsa Guarujá-Bertioga – Guarujá.
Inaugurado em 1822, o forte recebeu o nome de “Defensor Perpétuo” em homenagem a Dom Pedro I. Foi construído devido aos conflitos na época da Independência do Brasil, dada a iminência de um ataque da Coroa Portuguesa, vindo pelo litoral. Atualmente abriga um espaço para o acervo de antigas peças do forte e canhões das guerras napoleônicas, vendidos ao Brasil. Há também objetos oriundos de antigas fazendas, como um tronco de escravos, um carro de boi, entre outros artefatos. Aberto de terça a domingo das 9h às 12h e das 14h às 17h.
Onde: Morro da Vila Velha – Paraty.
Construído no início do século XVIII, esse forte serviu como cadeia pública e hoje abriga a Biblioteca “Fábio Villaboim”. Aberto de segunda a sexta das 9h às 12h e das 13h às 17h.
Onde: Largo Santa Rita – Paraty.
Aqui, no entorno do Forte São João, na Bertioga, está um dos locais onde desembarcaram e permaneceram os primeiros colonizadores dessa região. Inicialmente uma simples paliçada, o forte sofreu vários ataques de índios. Atualmente, para garantir sua preservação, abriga o Parque dos Tupiniquins, que recebeu esse nome em homenagem à tribo dos bravos guerreiros nativos . Também é homenageado o lendário cacique Cunhambebe da tribo Tupinambá. Aberto diariamente.
Onde: Avenida Vicente de Carvalho – Bertioga.
Construído em pedra e cal, era destinado à defesa e à extração de óleo de baleia.
Onde: parte noroeste – Ilhabela.
Datado de 1820, defendia a costa em fogo cruzado com o Forte Araçá, em São Sebastião.
Onde: Praia da Feiticeira – Ilhabela.
De 1820, cruzava artilharia com o forte Sepetuba, de São Sebastião.
Onde: Ponta Azeda – Ilhabela.
De 1820, erguido para defender o Canal de São Sebastião.
Onde: Ponta do Arpoador – São Sebastião.
Conhecido como Forte do Araxá ou Forte da Ponta de Guaecá, também foi construído em 1820. Cruzava artilharia para a defesa do Canal de São Sebastião.
Onde: Ponta do Guaecá – São Sebastião.
Em 1911, na praia dos Macieis, ergueu-se esse forte. Os canhões ali instalados pertenceram ao encouraçado Riachuelo.
Onde: entre a praia da Fazenda e o píer da Petrobras – Angra dos Reis.
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Foto Fernando Mucci
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