De característica cosmopolita, Campinas oferece uma boa mesa a todos os que a visitam ou aqui residem. Da comida típica do interior até a chegada de chefs internacionais renomados, muita história e evolução aconteceram. A gastronomia campineira atual é um reflexo das gradativas interferências do progresso e da abertura para novidades vindas de todos os cantos do mundo, porém, para que isso fosse possível, foi necessário que sua população tivesse uma mente aberta e inovadora.
Bares e botecos
Anterior aos restaurantes, os bares (da palavra original em inglês bar que significa barra e era usada para impedir que os clientes incomodassem o barman) já existiam na época dos babilônios em 1772 a.C. Na realidade, eram tavernas que hospedavam viajantes. A bebida alcoólica, prostitutas e jogos eram um complemento ao serviço prestado. Com o passar dos anos, os balcões dessas tavernas foram abertos ao público. Podemos afirmar que muitas revoluções que transformaram o mundo surgiram nesses recintos. No Brasil, os bares surgem com a vinda da Família Real em 1808, com o nome de “botequim” ou “boteco”.
Ficaram conhecidos como um local de encontro de boêmios, com muitas bebidas alcoólicas e porções de petiscos baratos. Mas a sofisticação e o aprimoramento são típicos dos humanos, que sempre querem melhorar tudo, aprimorar técnicas e democratizar os espaços. A figura da mulher entre os frequentadores dos botecos ou bares dá início a uma revolução no comportamento dos clientes e a um rebuscamento no atendimento e nas instalações. Atualmente, a palavra “bar” significa um lugar agradável para quem quer se divertir com um bom e elaborado petisco, uma boa conversa e uma bebida que leve a tristeza embora.
Campinas está repleta de bares estilizados, temáticos e com uma variedade imensa de petiscos saborosos e até com diferentes cortes de sanduíches que são conhecidos como típicos de Campinas. Os bares campineiros alegram as noites, recheando-as com músicas e risos.
Origem dos restaurantes
Antes do século XIX, o restaurante era um local aonde as pessoas iam para “restaurar” ou “revigorar” sua saúde. Não existiam pratos e sim o consommé, uma espécie de sopa, normalmente indicada por médicos. Alguns continham até pedras preciosas de acordo com a receita médica.
A culinária era praticada nas casas mais nobres, com festejos culturais e reuniões políticas. As tabernas e os hotéis pequenos eram os lugares onde se serviam refeições, em geral para a classe menos abastada. Apenas no século XX é que o conceito de restaurante como o conhecemos hoje tomou forma como um espaço social urbano, superando sua ligação original com a medicina. Após a Revolução Francesa esses locais foram legalizados pela liberação comercial da época e com a queda do regime monárquico. Virou febre e atraiu uma nova camada de emergentes. O primeiro restaurante de que se tem notícia foi o Grande Taverne, em Londres (1782).
No Brasil a prática de sair para comer foi trazida pela Família Real em 1808. Antes disso, eram os pousos que forneciam alimento geralmente a tropeiros e passantes, também necessitados de restaurar suas energias. Porém, com a abertura dos portos e a importação de novos elementos culinários, foram muitos os curiosos que, na medida do possível, se transformaram nos verdadeiros chefs da época. No Rio de Janeiro, eram as famosas leiterias ou confeitarias que davam o tom à nova moda introduzida.
Novos sabores
Após a abolição da escravatura e a chegada dos imigrantes, nossa mesa ficou mais farta. Nas malas e nas mentes, muitos ingredientes, outras misturas, novos gostos e sabores transformavam receitas. Os italianos chegaram com os embutidos e as massas; os japoneses, com seus pratos mais leves à base de raízes e pescados; os alemães, com chouriços e vegetais; os franceses, com molhos elaborados, tudo isso adaptado à matéria-prima brasileira. Uma profusão de ideias, de opções e criatividade. Surge então a figura do imigrante urbano, quando toda essa capacidade de criação é colocada à prova nos locais abertos para o simples degustar de alimentos inovadores e diferentes. Nascem cantinas, pastelarias, bares mais acolhedores, restaurantes com comidas regionais e, assim, a palavra “saborear” ganha um novo charme.
E como tudo se desenvolve, a gastronomia se tornou uma ciência e se encheu ainda mais de novidades e possibilidades com a globalização. O mundo ficou menor e os alimentos mais próximos. Surgem os grandes chefs de fato e diploma. O alimento não só restaura, como cria amizades e socializa.
Campinas segue à risca as tendências mundiais, com restaurantes tradicionais e também contemporâneos. Em todos os bairros encontramos a alta gastronomia e também a simplicidade. Opções para todos os gostos, bolsos e disponibilidade.
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