Impossível visitar as cidades das Serras Catarinense e Gaúcha e não saborear o que elas oferecem em variedade de aromas e sabores. A terra, finamente trabalhada, produz verdadeiras joias que são a base para muitos pratos que adoramos. Esses ingredientes, normalmente encontrados em gôndolas de supermercados, são facilmente vistos aqui na região. Fazer um tour para conhecer tudo o que é produzido enriquecerá muito o entendimento dos hábitos e costumes dos habitantes da Região Sul do país. Muitas fazendas são abertas à visitação e ali podemos colher e comer frutas ou peixes fresquinhos e saborear quitutes típicos. A região é farta no cultivo de muitas frutas, como maçã, goiaba-serrana e uva, e frutos como o pinhão que dá um tom diferenciado a muitos pratos, além de outros produtos como batata, feijão, arroz e hortaliças.
A partir da década de 1970, foi introduzida, em São Joaquim e em Bom Jesus, a cultura das maçãs Fuji e Gala com tanto sucesso que hoje esses são os municípios que mais produzem essa fruta em todo o estado de Santa Catarina e no Rio Grande do Sul.
Visitando a região, logo se percebe a cultura da fruta no dia a dia dos moradores. Desde o suco de maça no café da manhã aos doces e tortas do café da tarde. Alguns produtores abrem suas portas para o pegue e pague e você pode ter o prazer de colher e comer direto do pé. Ao longo das estradas também se percebe as empresas e cooperativas que participam da cadeia produtiva da deliciosa maçã.
Também conhecida como feijoa, goiaba-ananás ou goiaba-do-mato, essa fruta é nativa das Serras Catarinense e Gaúcha. Faz muito sucesso no exterior por seu sabor agridoce, e é utilizada em geleias, ornamentos e medicamentos (a casca é antioxidante). Hoje, seu consumo interno vem aumentando em experimentos gastronômicos, realçando pratos que valorizam nossos produtos.
A gila também é conhecida como abóbora-gila ou abóbora-chila. Muito comum na Região Sul, é utilizada na culinária local em doces, tortas e no que mais a imaginação criar. Também é excelente no combate à diabetes tipo 2.
Em Bom Jesus/RS, anualmente é comemorada a sua festa de colheita, data em que a cidade celebra a importância da Gila na economia local.
Muito consumida pelos gaúchos, a bergamota é uma fruta cítrica da família das tangerinas, rica em vitamina C. Como é de cor alaranjada, na época das frutas, as estradas ficam lindas, ladeadas com o verde das folhas de suas árvores salpicado pela cor forte que a caracteriza.
Numa região riquíssima em Matas de Araucária, o pinhão é presença constante, servido cozido ou assado. Muito interessante é comê-lo em carrinhos iguais aos que vendem milho-verde ou pastel. Cada dia mais valorizado em pratos especiais, elaborados por chefs renomados, o pinhão deixou de ser apenas um quitute junino. Vale conferir essa iguaria nos restaurantes locais e saboreá-lo de forma inusitada.
Porém, não é preciso apreciá-lo em restaurantes, ao longo das estradas você encontra barracas de vendedores que o vendem cozido (eles cozinham na hora) e em generosas porções.
Para nós do Cidade&Cultura já virou um hábito saboreá-los durante nossas viagens.
A Região Sul é a maior produtora de feijão do Brasil, representando 30% do total do país. Grande parte dessa produção está na agricultura familiar (65%). Por ser a base nutricional do brasileiro, o feijão também é considerado um alimento de apelo econômico, social e até cultural, pois somos o maior produtor do mundo e o que mais consome também. Vários tipos são cultivados, mas o destaque vai para o feijão-vermelho, utilizado em sopas, saladas e até em farofas.
Originária do Sul do Brasil, também é comum na Argentina, no Uruguai, no Chile, na Bolívia e no Paraguai. A planta chega até 12 metros de altura e sua reprodução natural se dá por meio dos pássaros. Segundo alguns estudiosos, foram os indígenas guaranis que descobriram o uso da erva-mate, e os colonizadores espanhóis a adotaram como bebida. No século XVI, foi proibida pelos padres jesuítas por ser considerada a “erva do diabo”. A proibição não durou muito, tanto é que, em 1858, a erva-mate já se tornara o símbolo da hospitalidade, da reconciliação, do amor e da amizade, desde o ato do preparo até o compartilhamento da cuia. Não há como negar que a cuia da erva-mate é uma das características da Região Sul, onde a bebida é conhecida como chimarrão (com água quente) ou tereré (com água fria).
Nativa do Rio Grande do Sul, de onde é um dos símbolos, é também conhecida como macela-do-campo, ou Karfreitachstee, no dialeto dos colonizadores alemães. Esse arbusto produz flores amarelas e folhas finas. As flores são utilizadas como forro de travesseiro para acalmar na hora do sono e, na cosmética, para clareamento de cabelo. De suas folhas, temos um chá que alivia dores de cabeça, problemas estomacais e cólicas.
Com temperaturas frias a altitudes elevadas, as trutas se adaptaram muito bem nos rios das Serras Catarinense e Gaúcha, onde foram introduzidas na década de 1980 e, atualmente, são o tipo de peixe mais procurado. Da família dos salmonídeos, as trutas são peixes deliciosos que se prestam a grande variedade de modos de preparo. A espécie mais fartamente encontrada é a truta arco-íris.
Lindos, com cores vibrantes e formas variadas, os cogumelos são fungos decompositores, primordiais na natureza. Transformam troncos de árvores e outros materiais em novos componentes para sustentação da flora. Magníficos, alguns são mortais para os seres humanos e outros constituem ingredientes de pratos extasiantes. Na exuberância da flora nativa das Serras Catarinense e Gaúcha, encontramos produtores de espécies comestíveis. Entre as mais encontradas, temos o Lactarius deliciosus, o Suillus granulatum, o Pleurotus albidus e o Suillus luteus.
Numa região onde a agropecuária é extremamente relevante, não é de admirar que os derivados do leite ofereçam tantas alternativas de sabores diferenciados. Os queijos possuem texturas e ingredientes inusitados e nos remetem às lembranças das fazendas. Fortes e encorpados, podemos saboreá-los percorrendo a Rota do Queijo Serrana, na cidade de São Joaquim, mas em todas as cidades das serras podemos encontrá-los.
Dentre todos os embutidos, o salame é o destaque da Região Sul, onde o encontramos em todas as casas de produtos coloniais. Tradição europeia que, com o toque brasileiro, agrada a todos os paladares. Vale experimentar muitos e sentir as nuances de sabores que variam de acordo com cada fabricante.
Não podemos nos esquecer de doces como geleias e compotas, e de iguarias alemãs produzidas com receitas seculares, como o apfelstrudel (torta de maçã), o stollen (pão com frutas), o berliner (parecido com o sonho), o dampfnudeln (bolinho assado e cozido no leite) e o zimtsterne (biscoito de amêndoa). Ah! Os biscoitos!
Nada como a excelência de um chocolate para adocicar nossa alma. Terra de tradição na arte da chocolateria, as cidades do Sul nos brindam com produtos de altíssima qualidade. São muitas fábricas que transformam o cacau em deliciosos sabores e formatos. Bombons, barras, trufas, entre outros quitutes, finamente embalados com criatividade. Divirta-se!
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