São Paulo - Meio Ambiente

Hidrografia da cidade de São Paulo

Hidrografia: rio Tietê. Foto José Cordeiro

Para entender a hidrografia da cidade de São Paulo, é preciso conhecer seus rios, represas e sistemas.

Rio Tietê

A nascente do rio Tietê está no município de Salesópolis e deságua no rio Paraná. Tem 1.136 km de extensão e possui em média sete metros de profundidade com cem metros de largura. Sua importância histórica reflete o início da colonização brasileira, como vimos na história de São Paulo. Até 1940, este rio serviu de “praia” do interior, com banhistas e clubes náuticos. Com a intensa urbanização das margens do Tietê, mesmo no período colonial, o rio se transformou em um esgoto a céu aberto.  Na década de 1970, seu índice de oxigenação chegou a 0%. Porém, ações estão sendo empreendidas desde 1995 para recuperar o Tietê, pois ele forma uma grande hidrovia que se integra à bacia do Rio da Prata.

 

Rio Pinheiros

Um dos principais rios da cidade de São Paulo, o rio Pinheiros é formado pelos rios Guarapiranga e Grande (Jurubatuba). Possui 25 km de extensão e deságua no rio Tietê. É margeado pela via expressa Professor Simão Faiguenboin, conhecida como Marginal Pinheiros, inaugurada em 1970. O rio recebeu esse nome dos jesuítas, em 1560, pela quantidade de pinheiros-do-brasil na região. E também em função do aldeamento indígena de mesmo nome.

Suas margens foram ocupadas paulatinamente.  E o bandeirante Fernão Dias foi um dos proprietários de terras, assim como havia o Forte Emboaçava. Com o início do movimento imigratório europeu e asiático, italianos e japoneses instalaram-se em suas margens, além de clubes náuticos e estações de energia.

Na década de 1950, o Pinheiros foi canalizado e direcionado para a Represa Billings, com a criação da Usina Hidrelétrica Henry Borden, em Cubatão.  Mas atualmente isso não acontece mais, e o bombeamento das águas só é permitido em caso de chuvas muito fortes.

Rio Tamanduateí

Em tupi, “rio do tamanduá verdadeiro”, o Rio Tamanduateí nasce em Mauá, passa pelas cidades de Santo André, São Caetano e São Paulo, e deságua no Tietê nas imediações do Parque Anhembi. Possui 35 km de extensão e é margeado pela Avenida do Estado. Até o início do século XX, suas águas serviam de via navegável, mas a grande ocupação urbana foi um fato determinante para que este rio, antes curvilíneo, se transformasse em uma reta em 1930. Um fato pitoresco: no meio do rio Tamanduateí havia uma ilha, chamada Ilha dos Amores, que tinha quiosques para petiscos e bebidas: hoje é a Rua 25 de Março.

 

Represa Guarapiranga. Foto José Cordeiro

Represa Guarapiranga

Em 1906, a São Paulo Tramway Ligth and Power Co. represou o Rio Guarapiranga (em tupi significa “guará vermelho”).  O objetivo era gerar o fornecimento de energia elétrica para a cidade de São Paulo por meio da Usina Hidrelétrica de Parnaíba. Este rio, junto com o Rio Jurubatuba (Grande), forma o Rio Pinheiros. Em 1928, a represa passa a fornecer água para a cidade.  Isso marcou o início do desenvolvimento de bairros da Zona Sul.  Entre eles Santo Amaro, Interlagos, Veleiros, Riviera Paulista e Rio Bonito. O Parque Guarapiranga, inaugurado em 1999, oferece área de lazer e modalidades esportivas aquáticas.

Represa Billings

Em 1923, o engenheiro americano Asa White Kenney Billings projetou a represa que leva seu nome e represou o rio Jurubatuba, ou Rio Grande, e o Rio da Pedras.  Dois anos depois, a Light construiu o dique do Rio das Pedras. Em 1949, o projeto foi ampliado, recebendo as águas do Rio Tietê. A represa abrange os municípios de Santo André, São Bernardo do Campo, Diadema, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra e São Paulo.

Sistema Cantareira

O nome “cantareira” foi dado por tropeiros e viajantes que passavam pela serra e viam ali muitas nascentes e córregos. Já em 1863, estudos para encanar a água foram feitos pelos engenheiros James Brunless, Hooper e Daniel Makison.  Mas eles chegaram à conclusão de que a obra seria muito cara.

Mesmo assim, o projeto foi colocado em prática doze anos depois e criou-se a Companhia Cantareira e Esgotos. Com materiais ingleses, concluiu-se a primeira fase.  E, em 1882, chafarizes em diversos pontos da cidade já recebiam água encanada, como os bairros da Luz e da Consolação. Em 1893, o governo do Estado absorveu a companhia e fundou a Repartição de Águas e Esgotos da Capital – RAE. Nesse período foram captadas as águas dos córregos Bispo, Itaguassu, Menino e do ribeirão Cabuçu. Com o rápido aumento demográfico da cidade de São Paulo, em 1966 foram construídas represas que abrigavam as nascentes formadoras da Bacia do Rio Piracicaba; ou seja, os rios Juqueri, Cachoeira e Atibainha; dez anos depois, incluíram o Jaguari e o Jacareí, formando assim o Sistema Cantareira, com seis represas.

Sistema Produtor Alto Tietê

Formada pelos rios Tietê, Claro, Paraitinga, Bitiba-mirim, Jundiaí e Taiaçupeba-mirim e pelo Reservatório Ribeirão do Campo, o Sistema Produtor Alto Tietê – SPAT, distribui água para a Região Metropolitana de São Paulo e para a Zona Leste da Capital.

O Parque Ecológico do Tietê foi projetado pelo arquiteto Ruy Otake e criado em 1982. São 14 milhões de m² com áreas de lazer, trilhas, Centro de Educação Ambiental, aparelhagem desportiva, Centro Cultural, Museu do Tietê, dezessete campos de futebol, pedalinhos etc. Aberto de segunda a domingo das 8h às 17h.

Onde: Rua Guirá-Acangatara, 70 – Engenheiro Goulart.

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