Antes de mais nada, para entendermos a história das Serras Catarinense e Gaúcha, temos que entender a formação do povo, começando pelos primeiros habitantes (homens dos sambaquis) e depois os índios e jesuítas, os bandeirantes, os tropeiros, e finalmente os imigrantes.
Já sabemos, por descobertas antigas, que o primeiro povo que ocupou as terras litorâneas do Brasil foi o dos homens dos sambaquis. Quanto ao interior, inscrições rupestres marcam a presença de outras civilizações, de costumes diferenciados dos que moravam na costa.
Raros exemplares estão tão preservados como as inscrições rupestres em Urubici, datadas de cerca de três mil anos atrás, descobertas em 1964 por Walter A. Piazza e catalogadas pelo padre Rohr, dois anos depois. No local, observamos o Painel das Máscaras, com a Máscara do Guardião.
Mas também outros desenhos revelam a possibilidade de três povos distintos terem deixado registros no local.
Onde: Morro do Avencal – Estrada Urubici —São Joaquim.
Legenda foto: “Máscara do Guardião” – arte rupestre em Urubici
Os índios que habitaram o interior da Região Sul foram os guaranis, os caingangues e os carijós. No início da ocupação da região pelos europeus, esses índios foram responsáveis por vários massacres dos novos exploradores. Frustraram muitas expedições e, com suas flechas e o domínio total da geografia local; eram donos absolutos das terras que mais tarde seriam ocupadas por espanhóis e portugueses. O estreitamento dos laços entre indígenas e europeus se deu quando da vinda dos padres jesuítas espanhóis que iniciaram a catequização e a ocupação das terras, formando povoados chamados de “missões”. Os padres missionários, com os índios convertidos, desenvolveram culturas agrícolas, a criação de gado e novos ofícios, como a marcenaria. A redução da população indígena local aconteceu por dois fatores: as doenças dos europeus e a escravização pelas mãos dos bandeirantes paulistas.
A história das Serras Catarinense e Gaúcha, é uma demonstração da firme determinação de dominar a área por questões geopolíticas. Desde que o Rio da Prata fora descoberto, essa região era alvo de várias disputas entre as Coroas Portuguesa e Espanhola, por conta da determinação territorial estabelecida no Tratado de Tordesilhas (1494) que indicava parte do estado de Santa Catarina e o Rio Grande do Sul como áreas da Espanha. Entre disputas e demarcações, o conflito terminou em 1681 com o Tratado Provisional de Lisboa, que estabeleceu o o domínio português dos territórios à margem esquerda do Rio da Prata. Mas, em definitivo mesmo, a paz só reinou após a assinatura do Tratado de Madri, em 1750.
Muitos bandeirantes que aqui chegaram em busca de escravos indígenas resolveram se fixar nas belas paisagens. Dessa forma aproveitavam o que conseguiam com as emboscadas contra as missões, como cabeças de gado e culturas já desenvolvidas. Fundaram vilas, ergueram igrejas e trouxeram mais pessoas para habitar a região. Certamente cabe aqui ressaltar a figura do “bugreiro” (de “bugre”, como também eram chamados os índios). Eles eram contratado pelos colonos já estabelecidos para atacar os índios que amedrontavam as estâncias, ou não. Além disso protegiam tropeiros e viajantes.
Veja post Tropeiros nas Serras Catarinense e Gaúcha
Temos de entender que o Brasil é enorme e que a Região Sul, principalmente Santa Catarina e Rio Grande do Sul, eram mais vulneráveis dada a distância da Corte, instalada no Rio de Janeiro. Mesmo a doação de terras a militares, como o caso da Companhia Gaúcha, ainda não era suficiente para estabelecer o domínio total sobre aquele território.
Então, o meio para resolver isso foi o incentivo à imigração. Com isso os colonos expandiriam suas terras e produziriam mais e dessa forma geraram maiores riquezas internas para o país. Primeiro chegaram os açorianos, que se identificaram com a atividade da pesca e se fixaram em maior número no litoral catarinense. Mais tarde, vieram alemães, eslavos, italianos, gregos, letos, sírio-libaneses e japoneses . (Veja o post Imigração nas Serras Catarinense e Gaúcha).
A partir da imigração e com o fim das revoltas e invasões, a identidade do povo do sul brasileiro foi moldando suas características. De pequenas a grandes fazendas produtoras de gado, leite, pinhão, vinho, embutidos, o famoso churrasco, e além disso, suas características culturais diferenciadas, mais o clima das Serras Catarinense e Gaúcha onde a neve é o grande atrativo, esta região se tornou um dos destinos mais queridos do Brasil.
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