Ainda não se sabe ao certo o que o Arquipélago de Ilhabela representava na vida cotidiana dos índios, sabe-se que aqui era habitado, mas as relações entre os índios habitantes do continente é uma incógnita; muitos estudiosos afirmam que aqui era um lugar neutro de transações comerciais e diplomáticas entre as tribos Tupinambás e Tupiniquins, os quais chamavam de Ciribaí – terra tranqüila – ou Maembipe – local de resgate de prisioneiros e troca de mercadorias –, porém, com as descobertas arqueológicas recentes, sabe-se que tribos indígenas do tronco Macro-jê habitaram essas terras.
Com a descoberta do Brasil, o rei de Portugal, D. Manuel, organizou uma expedição para saber das proporções e riquezas desse descobrimento. Tendo Gonçalo Coelho como comandante e Américo Vespúcio como participante, a investida trouxe inúmeros resultados à Coroa Portuguesa.
Primeiramente, em 1501, as três caravelas destinadas à empreitada aportaram no Rio Grande do Norte, onde os desbravadores foram duramente rechaçados pelos índios e Gonçalo Coelho achou melhor zarpar imediatamente do local, contornando o litoral do Brasil. Com um calendário Litúrgico, os navegantes foram batizando os lugares por onde passavam com os nomes dos santos do dia correspondente.
E não pode ser diferente com a chegada dos navegadores pelos mares de São Sebastião, que recebeu este nome, logicamente por ser o dia do próprio, 20 de janeiro de 1502.
Ocupação
O período que começa com a nomeação da Ilha de São Sebastião até o recebimento da Sesmaria de Diogo de Unhate e João de Abreu, em 1608, é um período estagnado. Todas as tentativas de ocupação da Ilha foram desanimadoras.
Unhate e Abreu eram burocratas vindos da Vila do Porto de Santos, e junto com Gonçalo Pedroso e Francisco de Escobar Ortiz iniciaram a povoação na Ilha de São Sebastião.
Formou-se um povoado, atual vila, ao redor da igreja Nossa Senhora D’Ajuda e Bom Sucesso, outro na capela de Conceição, na Praia da Armação e mais um povoado que chegou à condição de capela na Praia Grande, que estava do lado do forte do Portinho.
O então capitão–general da Capitania de São Vicente, Antônio José da Franca e Horta, em visita à Ilha no ano de 1803, recebeu em suas mãos um documento feito pelo movimento liderado pelo capitão Julião de Moura Negrão, o alferes José Garcia Veiga, o senhor de engenho Carlos Moreira e mais 27 ilustres moradores, para que fosse elevada à Freguesia a Capela de Nossa Senhora D´Ajuda e Bom Sucesso.
O pedido foi aceito em 1806 e seu nome mais uma vez modificado para Vila Bela da Princesa, homenagem dada à filha de D. João VI e de Carlota Joaquina, Dona Maria Teresa Francisca de Assis Antonia Carlota Joana Josefa Xavier de Paula Micaela Rafaela Isabel Gonzaga de Bragança, mais conhecida como Princesa da Beira.
Um novo ciclo econômico despontava para seus habitantes; era o ouro verde estourando por todos os cantos da Ilha, com uma expansão demográfica importante. O café era totalmente beneficiado nos locais de produção e a mão-de-obra era escrava. A opulência chegou rapidamente.
Mas, infelizmente, com a construção da estrada de ferro de Vila de São Paulo à Vila do Porto de Santos, em 1867, e a que ligava São Paulo ao Rio de Janeiro, em 1877, mais a Abolição da Escravatura, em 1888 e a queda da Bolsa de 29, nos Estados Unidos, a economia da Ilha foi por água abaixo. Mais da metade da população simplesmente “evaporou”, não havia mais empregos.
Os que ficaram trabalhavam na pesca e na agricultura de subsistência, existia muita fartura, mas nenhum dinheiro e tudo era feito na base de escambo.
E assim foi até a volta da produção da cachaça com 13 engenhos fortes ( Feiticeira, Engenho D´Água, Ponta das Canas, Favorita, Consolo, Marafa, Bexiga, Mossão Caiçara, Cocaia, Tangará, Engenho Novo, Amansa Sogra e Leite & Irmãos) na primeira metade do século XX.
Em 1934, Villa Bella é elevada, novamente, a categoria de município e em 1939 passou a chamar-se de Vilabela. Em um delírio do Presidente Getúlio Vargas, no ano de 1940, sem nenhum motivo, modificou o nome para Formosa e, após inúmeros atos de revolta contra o nome imposto, em 1945 finalmente o Arquipélago é batizado de Ilhabela.
Nascido em 09 de março de 1454, Américo Vespúcio sempre viveu em meio a um alto estilo de vida, filho de família abastada, achegado aos poderosos Médici, que construíram Veneza, política e financeiramente.
Por 20 anos, Américo Vespúcio executou trabalhos burocráticos, conhecendo homens importantes e poderosos, como Luiz XII, trabalhando no Banco da família Médici. Juanoto Berardi era um dos principais financiadores da empresa marítima espanhola, comandada pelos “Reis Católicos”. Alguns afirmam ter sido ele o colaborador para a expedição de Cristóvão Colombo quando este descobriu a América em 1492.
A economia da Ilha inicia-se com o cultivo de cana-de-açúcar e produção de açúcar, fomentada pelas plantações de fumo, anil, arroz, feijão e mandioca. A mão-de-obra era escrava trazida por Ortiz, comerciante que buscava em Angola sua “preciosa” carga. Nesse período, o arquipélago fazia parte da Vila de São Sebastião.
A Vila desenvolveu-se rapidamente, enquanto, na Ilha, o mesmo não ocorreu devido à sua topografia acidentada demais. O que poderíamos dizer de aumento significativo da população, se dá apenas na segunda metade do século XVIII, no local onde hoje é o centro turístico de Ilhabela.
A proliferação de engenhos de cana-de-açúcar que aproveitavam as cachoeiras para mover suas rodas d’água, tornou-se a grande impulsora da economia local. Mais de 30 engenhos que funcionaram na ilha, como os da Fazenda da Toca, da Cocaia e do Engenho D’Água, ainda exibem suas moendas e outros maquinários que produziam cachaça e melaço.
Em 1785, a Ilha foi elevada à condição de Capela de Nossa Senhora D’Ajuda e Bom Sucesso. Nesse período, a cana-de-açúcar estava em baixa, mas a pesca da baleia estava no auge, o que era muito promissor. Uma das principais armações (local de limpeza das baleias abatidas) do litoral paulista encontrava-se onde hoje é o Bairro da Armação, ao norte da Ilha.
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