Com o desbravamento das terras pelos bandeirantes que partiam em busca de ouro em Minas Gerais, no Mato Grosso e em Goiás, o interior do Estado de São Paulo foi paulatinamente se transformando com o surgimento de pequenos vilarejos.
Mas o maior impulso econômico para essa região veio com a culminância do Ciclo do Café. Dotado de terras férteis e com muita mão de obra disposta ao trabalho, o interior paulista viu nascer muitas fazendas produtivas do ouro verde.
Com a implantação da estrada de ferro e seus ramais, essas fazendas passaram a dominar economicamente o Estado e assim se mantiveram por muitas décadas. A partir de então, a mão de obra imigrante, consolidada após a abolição da escravatura, imprimiu novas características à população e fez com que não só o café, mas também outras lavouras fossem cultivadas e alcançassem novos patamares. Essa característica comum aos pequenos povoados permitiu que fossem elevados a cidades e representou um traço singular na produtividade da região.
De origem tupi-guarani e jê, os índios que viviam nessa região eram principalmente sedentários, mas também nômades, e plantavam milho, mandioca, palmeiras, batata-doce, amendoim e feijão. Eram guerreiros, caçadores, extrativistas e pescadores. Influenciaram costumes, e um exemplo é a queimada no final da colheita que até hoje vemos como uma prática usual nas fazendas.
Também contribuíram para o nosso vocabulário. Muitos nomes das cidades que compõem o Circuito das Frutas são de origem indígena: Indaiatuba significa ajuntamento de indaiás (palmeiras); Morungaba = colmeia de morungas (abelhas); Itatiba = ajuntamento de pedras; Itupeva = cascata pequena; Atibaia = rio manso; Jundiaí = bagre do rio, e Jarinu = palmeira preta.
Figura notória em nosso passado, o bandeirante foi o grande desbravador de terras dessa região. Não é à toa que a maioria dos nomes das rodovias que interligam o norte do Estado de São Paulo (Fernão Dias, Bandeirantes, Anhanguera, Raposo Tavares) faz homenagem a esses homens intrépidos. Na ânsia de encontrar ouro e prata, os bandeirantes adentraram o sertão e muitos se fixaram em locais privilegiados criando povoados, erigindo capelas e construindo entrepostos para venda de mercadorias; assim, nasceram muitas cidades do interior paulista.
A área originalmente chamada Sertão de Mato Grosso de Jundiahy compreendia toda a região nordeste do Estado de São Paulo até a divisa com Minas Gerais. O primeiro a constituir um lar nessa imensa área foi Rafael de Oliveira. Em 1615, junto com Petronilha Rodrigues Antunes, fundou o povoado de Nossa Senhora do Desterro de Jundiahy. Rafael era fugitivo, pois cometera o “crime de bandeirismo” que consistia em aprisionar índios contra a vontade da Coroa Portuguesa. O casal montou então um entreposto de mercadorias que eram vendidas aos viajantes que iam e vinham do interior de Minas Gerais.
Desde 1530, a presença de africanos no Brasil, na condição de escravos, foi a que mais ajudou no desenvolvimento do país e, principalmente, na propagação das culturas de cana-de-açúcar e café no interior do Estado de São Paulo. Os africanos vinham de onde atualmente são Angola, Moçambique e Congo. Foi por meio de suas mãos que durante 358 anos nossa indústria e nossa agricultura se consolidaram no cenário mundial.
Após o término do fervor da riqueza mineral de Minas Gerais, a região passou a florescer outra vez com o cultivo da cana-de-açúcar a partir de 1785. Após essa data, a produção agrícola tomou um grande impulso, primeiro com o café e depois com a vinda de imigrantes italianos, ingleses, espanhóis, suíços, alemães, croatas e posteriormente japoneses.
A grande massa de imigrantes começou a chegar ao país em meados do século XIX. A maioria se fixou nas lavouras de café no interior paulista. Responsáveis por uma ampla gama de influências, podemos dizer que esse era o ingrediente que faltava para a formação da cultura interiorana do Estado de São Paulo.
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