Café como motivador
Com a unificação da Itália e os conflitos subsequentes entre 1860 e 1870, a economia se agravou muito, principalmente na área rural com a fome em todos os lares. Então, a saída foi procurar novos locais que absorvessem mão de obra e possibilitassem algum rendimento de futuro.
O Ciclo do Café no Brasil foi um dos grandes motivadores da vinda de italianos, cuja imigração foi a maior de todos os que chegaram. Mas, como em todos os casos, também não foi nada fácil para eles a vida nos primeiros tempos. As promessas feitas pelo governo federal brasileiro não foram cumpridas e os que chegavam eram alojados em precários. Os cafeicultores foram aos poucos se adaptando para receber esse contingente. Com a Queda da Bolsa de 1929 nos Estados Unidos e a queda do preço do café, muitas fazendas foram obrigadas a vender suas terras ou compartilhá-las com os imigrantes.
Foi nesse momento que muitos compraram seu sonhado pedaço de chão e puderam cultivar aquilo que já traziam em seu sangue: a uva. Com essa cultura, os italianos conseguiram se destacar no cenário econômico. Uma grande parte também se fixou nos centros urbanos, onde partiram para o comércio, principalmente de secos e molhados, trabalharam em fábricas e na indústria têxtil.
Para se ter uma ideia, só entre 1898 e 1903 chegaram a Campinas mais de quatro mil italianos vindos de regiões tão diversas como Vêneto, Lombardia, Campania, Basilicata, Calábria, Sicília, Abruzzo, Molise, Lazio e Umbria.
Ex-Círculo Italiano: famílias italianas de Sousas fundaram, em 1894, um serviço para prestar ajuda à colônia ali instalada
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