No século XVIII, os portugueses açorianos e madeirenses foram os primeiros a chegar, para colonizar terras ao sul do país. Porém, fazia-se necessária a fixação nos territórios sulinos para determinar de vez a soberania nacional. Diante da valorização da indústria e do recuo demográfico nas áreas rurais na Europa do século XIX, foi grande a massa de imigrantes que necessitavam de terras produtivas como as que existiam no continente americano. O Brasil foi o lugar escolhido por muitos deles.
No século XIX, alemães, eslavos, italianos, letos, russos, gregos, sírio-libaneses e, por último, os japoneses foram os que vieram e moldaram a identidade cultural da região.
A principal característica da colonização da Região Sul é que os imigrantes não vieram para trabalhar nas grandes fazendas de café (exceto no Paraná), como no estado de São Paulo. Quando chegaram, fundaram pequenas fazendas, dando assim início ao sistema da policultura. Logo que se estabeleceram já conseguiram colocar em prática todo o conhecimento que trouxeram. Para vencer as dificuldades encontradas no Brasil, os proprietários dessas pequenas fazendas se uniam para resolver seus problemas. Problemas de escoamento da produção, obtenção de insumos etc., para não depender tanto de soluções governamentais. Nesse cenário, os princípios do cooperativismo sempre caracterizaram o desenvolvimento local. Solo fértil, recursos minerais e vegetais, a criação de gado e muares, produções como a erva-mate e a uva, e a extração de madeira constituíram a base da economia.
Temos por exemplos os imigrantes letos. Os letos são imigrantes vindos da Rússia, Lituânia, Polônia, Estônia e Letônia e que conservaram ao longo dos séculos a língua leta. Quando chegaram ao Brasil, instalaram-se na cidade de Orleans, em Santa Catarina, e fundaram a colônia Rio Novo, em 1890. Com a Revolução Russa, os letos foram perseguidos por serem batistas e luteranos e vieram para cá em busca de liberdade religiosa. No Brasil, várias cidades os abrigaram, inclusive Urubici. Um símbolo da imigração leta é sua Igreja Batista (Av. Adolfo Konder, 2.023), em Urubici.
Quando visitamos as Serras Catarinense e Gaúcha, notamos que seus moradores pensam no coletivo. Elas se preocupam com a comunidade e o resultado disso é a harmonia entre todos, alinhando suas perspectivas comuns para a sociedade. Tanto é que, no Sul, os índices de analfabetismo e de pessoas na linha da miséria são muito baixos em comparação com o restante do país.
Muitas cidades da região integraram a cultura trazida por seus antepassados, transformando-a em mais um fator de produção. E ao darem continuidade aos costumes e hábitos de seus países de origem, criaram novos atrativos turísticos. E, aliado a tantas belezas naturais, o turismo se consolidou, atraindo pessoas de todos os cantos do mundo.
Tela “Partida de Hamburg – 1824”. Obra de Selestino Machado de Oliveira.
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