Lenda é coisa séria, tão séria que é passada de pai para filho! Contamos aqui algumas das lindas lendas da Amazônia.
Uma das lendas da Amazônia mais interessante nos conta que o desconhecido, porém belo e bem apessoado rapaz que aparece sem ser convidado nas festas das comunidades ribeirinhas, é na verdade um boto que ao anoitecer se transforma em um cobiçado amante para as mulheres solteiras.
Encantador por natureza, o rapaz não passa despercebido e a ele é atribuída a responsabilidade pela paternidade dos filhos de tantas mães solteiras.
O cheiro forte de peixe que exala de sua cabeça o obriga a estar sempre de chapéu e seus hábitos noturnos estão ligados ao fim de sua magia, quando se inicia o amanhecer.
O apaixonado índio da tribo Macuxi, forte e inteligente, casou-se com uma bela índia de sua aldeia. Viviam muito felizes até sua amada adoecer e se tornar paralítica.
Desolado, o índio teceu uma tipóia e amarrou sua amada em suas costas para que não houvesse distância entre os dois. Assim, permaneceram juntos durante todos os dias até sua inesperada morte.
Abatido e deprimido o índio Macuxi procurou um igarapé e à sua beira cavou um enorme buraco, onde se enterrou junto com sua amada.
Luas se passaram e em uma noite de lua cheia, brotou no mesmo lugar, uma graciosa planta, jamais vista pelos indivíduos da tribo. Nasceu ali a Tamba-Tajá, de folhas escuras e triangulares e, o que causou estranheza, com outra folha menor grudada em seu verso no formato do órgão genital feminino.
As folhas que nascem unidas simbolizam o amor do casal e por este motivo ganham poderes místicos.
O tamanho das folhas, a maior e a menor, mudam a crença sobre o casal que a plantou. Se as folhas são exuberante, existe amor no casal. Se a folha menor for muito pequena, acredita-se que falta amor na união, agora se houver mais de uma folha no verso, cuidado, existe infidelidade na relação.
Mais uma das lendas da Amazônia, que conta que o maior peixe de escamas do país era na verdade um guerreiro vaidoso e extremamente injusto da nação dos Uaías.
Enquanto caçava em meio a floresta amazônica foi castigado por uma tempestade enviada pela Deusa Luruauçu e pelos raios enviados por Xandoré, o demônio que odeia os homens.
A tempestade e os raios provocaram a queda de uma enorme árvore que achatou a sua cabeça e a força da chuva e da água se encarregaram de levar seu corpo para as profundezas do rio Tocantins. Xandoré, não satisfeito, o transformou em um peixe, avermelhado com grandes escamas e de cabeça achatada!
Naiá era uma linda índia amazonense que vivia em um tribo em meio a mata. Ela, em sua inocência de criança, acreditava que a lua escolhia as meninas mais bonitas para transformá-las em estrelas.
Noite após noite ela andava pela beira do lago esperando ser contemplada por sua beleza. Uma noite, ela viu a lua refletida nas águas paradas do lago e imaginando que ela veio para buscá-la, se jogou ao encontro da imagem, morrendo afogada.
A lua enternecida com a atitude da jovem resolveu transformá-la em um estrela, mas não como as conhecemos no céu, mas em uma delicada flor que representa-se a imagem da lua no lago, a Vitoria-Régia.
Boiúna, ou cobra grande, é uma das lendas da Amazônia, sobre uma índia que engravida de uma Boiúna e dá a luz duas crianças: Honorato e Maria. Antes que soubessem de sua gravidez, a mãe as jogou no rio para que morressem afogadas.
Porém, as crianças sobreviveram, se criando como cobras. Honorato, desde a infância, demonstra bons instintos mas sua irmã Maria, ao contrário, era má e infernizava a vidas dos pescadores e ribeirinhos a ponto de afundar barcos e afogar as pessoas.
Honorato, indignado com as maldades da irmã trava uma briga mortal onde ela morre e ele fica cego. Solitário, deseja se transformar em humano novamente. Porém, para que isso ocorresse, precisava encontrar alguém, em uma noite de lua cheia que derramasse leite materno em sua boca. E como se não bastasse, ainda teriam que provocar um sangramento em sua cabeça para a transformação acontecer.
Demorou para que alguém tivesse a coragem de fazer isso… Um soldado do Pará é quem conseguiu a façanha e em agradecimento Honorato virou um soldado.
Mas as lendas da Amazônia que são boas não param nelas não… e da cobra grande derivaram-se muitas outras histórias em toda a região amazônica.
No Vale do Rio Solimões, no Amazonas, na folclórica festa da moça-nova, o pajé ordenou que ela e o curumi mergulhassem nas profundas águas do rio. Ao mergulharem, o pajé jogou em cima de cada um deles um tala de canarana (planta que cresce às margens dos rios e lagos).
Quando voltaram a tona, para a surpresa de todos, haviam se transformado em peixe-boi. A partir deles surgiu a espécie e sua apreciação por canarana.
Conta esta lenda da Amazônia que o Curupira é um menino baixinho, cabelos cor de fogo e pés virados para trás, o protetor da mata e dos habitantes locais. O Curupira tem por hábito sentar-se a sombra das mangueiras para comer os frutos e quando avistado por alguém sai em disparada em uma velocidade estonteante. Apesar de ser o protetor da mata e dos habitantes locais, o curupira costuma se encantar por crianças pequenas, que são levadas embora e devolvidas após 7 anos.
Além de encantar crianças, o Curupira possui o dom de encantar adultos caçadores que, após o encantamento, ficam a andar em círculos perdidos dentro da mata.
Segundo a lenda, para quebrar esse encanto, o caçador deve parar de andar, pegar um pedaço de cipó e fazer um bolinha, como um novelo escondendo a ponta de maneira que não possa ser desenrolado e depois jogar a bolinha bem longe e gritar: “quero ver tu achares a ponta”. Muito curioso, o Curupira sai a procura do novelo. Assim o encanto será quebrado e a pessoa consegue sair da mata
Nas terras de Roraima havia uma montanha muito alta onde um lago cristalino era expectador do triste amor entre o Sol e a Lua. Por motivos óbvios, nunca os dois apaixonados conseguiam se encontrar para vivenciar aquele amor. Quando o Sol subia no horizonte, a lua já descia para se pôr. E vice-versa. Por milhões e milhões de anos foi assim. Até que um dia, a natureza preparou um eclipse para que os dois se encontrassem finalmente. O plano deu certo. A Lua e o Sol se cruzaram no céu. As franjas de luz do sol ao redor da lua se espelharam nas águas do lago cristalino da montanha e fecundaram suas águas fazendo nascer Macunaíma, o alegre curumim do Monte Roraima.
Com o passar do tempo, Macunaíma cresceu e se transformou num guerreiro entre os índios Macuxi. Bem próximo do Monte Roraima havia uma árvore chamada de “Árvore de Todos os Frutos” porque dela brotavam ao mesmo tempo bananas, abacaxis, tucumãs, açaís e todas as outras deliciosas frutas que existem. Apenas Macunaíma tinha autoridade para colher as frutas e dividi-las entre os seus de forma igualitária.
Mas nem tudo poderia ser tão perfeito. Passadas algumas luas, a ambição e a inveja tomariam conta de alguns corações na tribo. Alguns índios mais afoitos subiram na árvore, derrubaram-lhe todos os frutos e quebraram vários galhos para plantar e fazer nascer mais árvores iguais a ela.
A grande “Árvore de Todos os Frutos” morreu e Macunaíma teve de castigar os culpados. O herói lançou fogo sobre toda a floresta e fez com que as árvores virassem pedra. A tribo entrou em caos e seus habitantes tiveram que fugir.
Mais uma das lendas da Amazônia, esta conta a história deste amuleto nos remete a sua confecção pelas índias que viviam às margens do rio Amazonas. Diz a lenda que as mulheres, em noites de luar, escolhiam as pedras dentro do rio para presentear seus parceiros, desejando sorte e rogando proteção para os dias de caça.
O Muiraquitã também é concebido em forma de outros animais, mas foi como sapo que ficou mais conhecido e é utilizado até os dias de hoje como amuleto de proteção e felicidade.
O amor proibido de um jovem guerreiro pela esposa do cacique e sua dificuldade em se aproximar dela foi o que o motivou a solicitar à Tupã que o transformasse em um pássaro. Assim, além de se aproximar de sua amada, poderia fasciná-la com seu canto. Sua cor vermelha telha e seu bonito canto chamou a atenção do cacique que passou a persegui-lo no intuito de prendê-lo.
O Uirapuru fugiu para dentro da floresta e passou a visitar sua amada apenas no período da noite. Cantando sempre e sem descanso na esperança que ela se encantasse e apegasse a ele.
Graças a lenda, o Uirapuru é tido como um amuleto que trás felicidade, prosperidade e amor.
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