Apesar de Santos ser considerada uma cidade plana, muitas pessoas que a veem desconhecem uma outra realidade que está bem acima do nível do mar. Trata-se dos muitos morros que a cidade possui, onde se encontram cerca de 35 mil habitantes, na sua maioria descendentes de lusitanos que por aqui fixaram residência longe das terras alagadiças. Ao visitá-los, a impressão é que estamos em outro lugar, distante da praia, onde a vida tem um cotidiano de cidade interiorana. Vamos citar aqui algumas curiosidades sobre os principais morros de Santos, ainda que os menores – Boa Vista, Caneleira, Santa Maria e Chico de Paula – sejam igualmente interessantes.
Seu primeiro nome foi Cotupé. Mais tarde, Francisco Loureiro, que comprou terras ali, ergueu a capela para Santa Terezinha do Menino Jesus. Com o tempo, as pessoas passaram a chamar esse morro de Morro de Santa Terezinha.
Capela de Santa Terezinha no alto do Morro Santa Terezinha
O morro recebeu esse nome porque suas terras pertenciam à família Fontana e foi no sopé desse morro que foi construída a Santa Casa de Misericórdia de Santos, ali situada durante 100 anos. Na parte posterior temos o Morro do Bufo, que muita gente diz que não existe, mas, na Planta do Conjunto dos Morros de Santos, esse local está devidamente marcado.
O governador-geral do Brasil, D. Francisco de Souza, em 1602, mandou construir uma capela para Nossa Senhora do Monte Serrat por conta do episódio da invasão do pirata holandês Van Spilbergen. Daí a denominação desse morro.
Um lindo passeio no Monte Serrat é o que oferece o bonde funicular, em operação desde 1927. O serviço foi instalado por uma sociedade de imigrantes espanhóis. No alto do Monte ficava o cassino que funcionou até a proibição do jogo no Brasil, em 1946. No alto do morro temos a Igreja de Nossa Senhora de Monte Serrat, o salão de festas do antigo cassino, com decoração da época, e um mirante com vista panorâmica de 360° da cidade. Imperdível.
Em tupi, significa “caminho do mar”. É uma alusão ao caminho que os índios percorriam do estuário à beira-mar.
Local do maior quilombo da cidade.
O nome Saboó vem da corruptela de Ça-oóg que, em tupi, significa cabelo retirado. Não havia vegetação no seu cume.
Recebeu esse nome pela ocupação do mosteiro ali construído pelos padres beneditinos. Em fevereiro de 1846, o morro recebeu a ilustre visita de D. Pedro II e sua esposa, a imperatriz Tereza Cristina. Até hoje existe uma rocha gravada com a data da vinda do casal imperial.
Seu nome original era Valongo, porém o povo apelidou-o de Morro da Penha devido a uma rocha saliente em seu sopé.
O senhor Pacheco era um português que adquiriu muitas terras nesse morro onde cobrava aluguel de tudo, até de pasto para muares e cavalos.
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