Conhecida como a protetora dos cristãos e do lar, Nossa Senhora Auxiliadora foi evocada em dramáticos momentos da história do catolicismo
A invocação de Maria como Auxiliadora dos Cristãos surgiu quando, no ano de 1571, o Papa Pio V liderou a organização de uma esquadra com o objetivo de conter o avanço dos muçulmanos no Mediterrâneo. Para o embate, a figura da Mãe de Jesus serviu como inspiração aos marinheiros e soldados, que enfrentaram e derrotaram a frota do Imperador otomano Selim I.
Mais de duzentos anos depois de tal fato, o Papa Pio VII evocou a figura da Auxiliadora num dos momentos mais dramáticos já vividos pela Igreja Católica. Excomungado pelo Estado Pontifício, o Imperador francês Napoleão Bonaparte seqüestrou o Santo Padre, obrigando-o a um confinamento em Paris. Sem esmorecer, Pio VII entregou seus desígnios aos cuidados de Nossa Senhora Auxiliadora e depois de cinco anos foi libertado, com os bens arrebatados pelo tirano restituídos à Santa Igreja.
No dia 24 de maio de 1814 o Papa retornou a Roma e, dois anos depois, instituiu a festa de Nossa Senhora Auxiliadora, eternizando a interferência de Maria na preservação e proteção da Igreja como instituição. A personificação de Maria como Auxiliadora foi adotada por Dom Bosco para a Congregação Salesiana (Pia Sociedade de São Francisco de Sales), como inspiradora nas dificuldades que se apresentavam diante dos objetivos educacionais da Ordem.
Em 1862, a notícia de aparições de Maria Auxiliadora na cidade de Spoleto, na Itália, direcionou a invocação e a grande devoção tornou-a muito popular no mundo todo. No mesmo ano iniciou-se, em Turim, a construção de um belíssimo santuário dedicado a Nossa Senhora Auxiliadora. No Brasil, ela é a padroeira da cidade de Goiânia-GO.
Fonte: Maria de Nazaré/Editora Aloha
Conheça a história de outras invocações de Maria e roteiros de turismo religioso