Os projetos desenvolvidos com sucesso são exemplos a serem seguidos, pois são substanciais à preservação dos animais com riscos de extinção.
Oceanário de Lisboa não se restringe apenas a “vitrines de exposição”, mas vai além do alcance de nossas vistas. O que o visitante observa é uma pequena parte do que está por trás de toda uma cadeia de trabalhos científicos de alto nível desenvolvidos por profissionais dedicados e empenhados nas funções a que foram designados.
Além dos projetos (descritos abaixo), o Oceanário de Portugal é pioneiro na reprodução de várias espécies e compartilha com outras instituições os conhecimentos adquiridos. As espécies reproduzidas aqui são: raia-lenga – ratão-águia – lontra-marinha – pinguim-de-magalhães – andorinha-do-mar-inca – uge-americana – uge-de-manchas-azuis – pata-roxa – cavalo-marinho-de-barriga – tubarão-gato-listrado – uge redonda – medusas – tubarão-de-port-jackson e diferentes espécies de corais.
Suas atrações e a forma de interagir vão além do que estamos acostumados, com atividades inusitadas como: “dormindo com tubarões”, “concerto para bebês”, “férias debaixo d’água”, “ciência sob investigação”, entre outras tantas.
Apoio financeiro para a monitoração das alterações climáticas que interferem nas comunidades de jovens peixes invertebrados de águas temperadas em zonas costeiras.
Com a diminuição da área de habitat do tubarão-anjo, reduzido apenas nos mares das Ilhas Canárias e zonas costeiras, essa espécie está classificada como “criticamente em perigo”. Esse projeto é desenvolvido nas Ilhas Canária em parceira com a Zoological Society of London, a Universidade de Las Palmas de Grand Canária e o Zoological Research Museum Alexander Koenigprojeto.
Esse projeto realizado pelo Okeanos Centro I&D da Universidade dos Açores e com apoio financeiro do Oceanário de Lisboa visa o aumento de conhecimento das Mantas e Mobules que foram classificadas como “vulneráveis”.
Tem como objetivos o conhecimento e a preservação do ratão-bispo, classificado como “criticamente em perigo” e como “informações insuficientes”. Executado pelo Institute of Marine Research, Azores, monitora a população de ratões-bispo por meio de foto-identificação nas regiões do Mediterrâneo, costa oeste e parte da leste africana até Moçambique.
Desenvolvido no Parque Marinho Professor Luiz Saldanha. Como polvo é um dos pescados mais importantes de Portugal, se faz necessária a intensa conscientização dos pescadores no cumprimento das leis e técnicas pesqueiras. Esse projeto procura criar medidas mais contundentes em relação à pesca do polvo, introduzindo técnicas já utilizadas na Galiza, Espanha, além estudar a espécie a fundo em seus hábitos alimentares, seu crescimento, e seus movimentos. O projeto tem parceria com o Instituto Português do Mar e Atmosfera e o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas. O Oceanário de Lisboa financia e participa de ações como a marcação e manutenção do Octoparque.
O principal objetivo desse projeto é estudar a genética de indivíduos marinhos com a confirmação da paternidade e seus graus de parentesco, que nascem em ambiente controlado. O projeto foi idealizado pela European Association of Zoos and Aquaria e pela European Union of Aquarium Curators, instituições gestoras de fundos genéticos. O Oceanário de Lisboa financia as análises genéticas.
O Oceanário de Lisboa apoia esse programa desenvolvido pela Associação para a Proteção, Pesquisa e Conservação das Tartarugas Marinhas nos Países Lusófonos – ATM, que criou a ONG MARAPA – Mar Ambiente e Pesca Artesanal.
Projeto financiado pelo Oceanário de Lisboa com atuação no rio Negro, Amazônia. Visa à sustentabilidade no que tange a captura e venda de peixes ornamentais. Por meio de informações e capacitações das comunidades tradicionais que ali habitam, criam a conscientização da pesca sustentável e viabilizam as boas práticas ambientais e a geração de renda para os chamados “Piaberos”.
Projeto desenvolvido pelo Centro de Ciências do Mar da Universidade do Algarve, aprofunda o conhecimento sobre os hábitos do tubarão-martelo-liso, cujo habitat é o Oceano Atlântico, ameaçado pela pesca. O Oceanário de Lisboa financia esse projeto para implementação de medidas de conservação dessa espécie que está classificada como “vulnerável”.
Facilmente capturado, o peixe-lua está sendo estudados no que tange seu comportamento, seu habitat e sua migração, por meio de marcações. Esse projeto é realizado pelo CIBIO – Universidade do Porto, da Universidade de Southampton e do Marine Biological Association of the United Kingdom, com financiamento do Oceanário de Lisboa.
Desenvolvido pelo Centro de Ciências do Mar da Universidade do Algarve, esse projeto criou plataformas de conscientização sobre a degradação desse ecossistema e deu oportunidade para a população se envolver diretamente na monitoração dessas áreas. As pradarias marinhas estão altamente ameaçadas.
O Oceanário de Lisboa juntamente com as Universidades de Évora e de Lisboa se aprofundaram na migração da lampreia-de-rio, uma espécie com alto risco de extinção. Esse projeto identificou as dificuldades de sobrevivência da lampreia no rio Tejo.
No início o projeto foi desenvolvido na Ilha de Santiago, Cabo Verde. Dois anos mais tarde, na Ilha do Príncipe, República de São Tomé e Príncipe. Visa os estudos comportamentais e preservação de áreas de desova das tartarugas verde, de pente, de couro e olivácea.
O Oceanário de Lisboa e o National Geographic Channel desenvolveram esse fundo, InAqua, para dar apoio a projetos inéditos dentro de Portugal, que visem a conservação da biodiversidade marinha.
Esses são alguns entre muitos projetos realizados e financiados pelo Oceanário de Lisboa. Como pudemos ver, os trabalhos realizados aqui vão muito além do entretenimento e do despertar da curiosidade. São ações definitivas na estrutura do conhecimento, da causa ambiental e, porque não dizer, da sobrevivência da vida marinha como um todo. Um exemplo de união entre países no compartilhamento dos saberes e da construção de recursos viáveis na preservação da fauna marinha.
Onde: Esplanada D. CARLOS I, 1990 – 005 – Lisboa.
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