O Snoopy, cão da raça Beagle, é talvez um dos caninos mais simpáticos da história da animação. Ele dorme no telhado de sua casa, tem como parceiro um passarinho de nome Woodstock, que não fala, apenas emite sons incompreensíveis. O seu dono é o menino Charlie Brown, que apesar do nome do desenho, aparece mais que o cãozinho. O problema é que o garoto tem uma vida difícil, é um desacreditado, motivo de bullying na escola e vive sempre nas ilusões. Já Snoopy vive em um mundo paralelo, num universo de fantasias. Uma das cenas mais engraçadas é quando ele se imagina num combate de guerra, onde sua casa vira um avião de caça, ele dispara tiros, usando um capacete e óculos de combatentes da primeira guerra mundial.
A turma se completa com a Betty Pimentinha, que apelidou Charlie Brown de Amendoim e sua parceira Marcia que chama todos de “meu”; Lucy que se torna a líder da turma, além de ser apaixonada por Schroeder, um garoto que toca piano com o pescoço curvado, sendo apaixonado por Beethoven; Lino, o maior parceiro de Charlie, chupa o dedo e anda com um cobertor; Chiqueirinho, um sujinho que anda e levanta poeira e Sally a irmã de Charlie Brown, além de outros com menos aparições.
Um dos destaques do desenho é o momento que Snoopy beija Lucy que começa a gritar achando que está contaminada, quando Brown joga beisebol e na rebatida sua roupa é arrancada, além da professora que fala um idioma que só eles entendem.
Um desenho que mostrava a rotina das crianças americanas, onde o lado carismático dos personagens era mais atraente que a animação, que em algumas ocasiões, beirava o marasmo. Mesmo assim, situações engraçadas eram a força em cada episódio.
Nas primeiras tiras do jornal em 1950, Snoopy andava como cachorro, passando apenas em 1952 a caminhar como humano. Seu criador Charles M. Schulz faleceu em 2000, aos 77 anos. No Brasil, Snoopy chegou a ser garoto propaganda de um banco.
Parabéns pelos seus 70 anos!