Patrimônio Mundial, o Palácio Nacional da Pena em Sintra, é um expoente do Romantismo arquitetônico do século XIX no mundo. Na Europa foi o primeiro a ser construído neste estilo.
A Serra de Sintra, antes da construção do Palácio, abrigava no reinado de João II, a pequena capela de Nossa Senhora da Penha. Posteriormente, no século XVI, Manuel I a doou à Ordem de São Jerónimo, ampliando a construção e determinando ali um convento.
No século XVII toda estrutura foi abalada por um raio e apenas a parte do altar-mor ficou intacta.
Em 1834, com a consolidação do liberalismo e extinção das ordens religiosas em Portugal, o local ficou disponível para venda. Porém quatro anos depois, Fernando II encantou-se pelas ruínas e adquiriu as terras da capela, o Castelo dos Mouros (construção século IX) e adjacentes.
A Capela foi restaurada e em seu entorno o rei construiu, com a orientação do arquiteto amador Barão Von Eschwege, sua casa de verão.
O temperamento romântico do rei é percebido em centenas de detalhes arquitetônicos e decorativos, o que mostra sua total ingerência na obra. Alguns exemplos são as torres medievais, arcos ogivais (arquitetura gótica) e diversos elementos árabes. Essa miscelânea de estilos, típico do exotismo da mentalidade romântica, faz-nos contemplar em uma mesma visita o estilo neogótico, neomanuelino, neoislâmico, neorenascentista e como se não fosse pouco, traços indianos.
Em 1889, o Palácio passa integrar o Patrimônio Nacional de Portugal e da Coroa Portuguesa. E após a proclamação da República Portuguesa em 1912, o Palácio Nacional da Pena é transformado em museu.
Curiosidades:
- Reis que habitaram o Palácio: Fernando II, D. Pedro V, D. Luís I, D. Carlos e D. Manuel II, o último a habitar o Palácio antes de sair para o exílio em decorrência da implantação da República.
- Em 1995, a UNESCO classifica a serra de Sintra como Patrimônio Cultural da Humanidade.
- A empresa “Parques de Sintra – Monte da Lua SA” assume a gestão do Palácio Nacional da Pena.