Pariconha, cidade localiza no Alto Sertão Alagoano, está a 350 km da capital do estado, Maceió, e na divisa com Pernambuco e com a Bahia. Segundo conta a história, no local onde cresceu a cidade havia um ouricuzeiro cujos frutos continham duas conhas, como eram chamadas as polpas desse fruto, que popularmente ficou conhecido como “par de conhas”. Com o tempo, houve uma junção que derivou o nome Pariconha.
Com altitude de 401 metros, é um lugar para quem gosta de narrações sobre cangaceiros, já que a região oferece boas histórias, pois, ainda como povoado, Pariconha sofreu duas ou três invasões de Virgolino Ferreira e seus asseclas, antes mesmo de se tornar conhecido como Lampião. Ali também atuou o pequeno bando dos Porcino, com o qual Virgolino se enturmou quando seus pais vieram de Pernambuco para morar em Alagoas.
Encravada no sertão alagoano, Pariconha tem sua história iniciada no século XIX, quando as famílias Teodósios, Vieira, Viana e Félix iniciaram sua povoação com a agricultura e a pecuária, principalmente com a criação de animais de pequeno porte. Fixando-se numa localidade denominada “Povoado Caraibeiras dos Teodósios”, às margens do rio Moxotó, a família Teodósios até hoje tem lá seus descendentes.
Cerca de 20 anos após a chegada desses primeiros colonizadores, um grupo da tribo Geripancó, originária do município de Tacaratu, em Pernambuco, instalou uma aldeia na serra do Ouricuri, nas proximidades da atual cidade, e hoje, o lugar abriga o maior número de descendentes indígenas do estado.
A festa do Padroeiro Sagrado Coração de Jesus é uma das grandes festas culturais do município, comemorada em novembro.
Texto por: Patricia de Campos
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