A jovem de apenas 34 anos, porém madura como grandes vinhos, nasceu de um sonho de gerações. Nessa trajetória, a Vinícola Miolo aprendeu com o terroir e, assim, investiu no solo, em mudas certificadas, na reconversão dos vinhedos, em alta tecnologia e nas pessoas. A grande transformação começou em 1997 com um projeto de qualidade que mudou a história da empresa. O que era sonho se tornou realidade, e hoje o melhor tesouro repousa em garrafas que carregam a expressão da união que esse território produz com o que o homem é capaz de fazer. Como entusiasta e defensora da Denominação de Origem Vale dos Vinhedos (DOVV), a Miolo apostou no projeto. Hoje são 10 rótulos que exibem o Selo da DOVV, orgulho que alimenta a vinícola a seguir adiante engarrafando histórias. Para compartilhar toda essa história engarrafada, a Miolo oferece aos visitantes o roteiro DOVV Espumantes, com visita guiada focada na elaboração da bebida, seguida por uma degustação na torre da Miolo, a 45 metros de altura, de rótulos de espumantes com DOVV.
“Nossos vinhedos, nossos vinhos e espumantes, e todas as pessoas que fazem parte da Miolo são nosso maior patrimônio. Tudo isso é que forma o nosso terroir”, destaca o diretor superintendente da Miolo Wine Group, Adriano Miolo. Segundo ele, o início foi difícil, mas tudo valeu a pena para ver a marca sendo sinônimo de qualidade no mundo inteiro. A família de viticultores valorizou cada hectare de terra e logo vislumbrou um futuro promissor para o Vale dos Vinhedos. A ideia da DOVV se tornou um sonho coletivo, compartilhado pela Miolo. Os 30 hectares de vinhedos próprios no Vale dos Vinhedos agora são 100 hectares com uma produção anual de cerca de 400 mil quilos de uvas. É dali que nascem seis espumantes e quatro vinhos com DOVV, um trabalho que começa na terra, chega à vinha e passa pela mão do homem antes de estar na mesa do consumidor.
Um dos rótulos ícones da marca, reconhecido mundialmente, e que traz a DOVV desde que a Certificação foi obtida é o Lote 43, nome da área de terras onde o patriarca Giuseppe Miolo plantou as primeiras mudas viníferas trazidas da Itália. Outro exemplar com o Selo é o emblemático Miolo Merlot Terroir, varietal feito com uma seleção de uvas 100% Merlot. O trio de tintos com DOVV se completa com o Miolo Cuvée Giuseppe Merlot / Cabernet Sauvignon. A tipicidade do Vale dos Vinhedos também é reconhecida no Miolo Cuvée Giuseppe Chardonnay, o branco com Certificação.
Além destes quatro vinhos, a Miolo tem uma coleção de seis espumantes com Denominação de Origem. O Íride Miolo Sur Lie Nature 10 Anos, lançado para comemorar os 30 anos da vinícola, o Miolo Millésime Brut, o Miolo Millésime Brut Rosé e a linha Miolo Cuvée que, ao completar 25 anos, conquista a DOVV para o Miolo Cuvée Nature, o Miolo Cuvée Brut e o Miolo Cuvée Brut Rosé. A Miolo detém o maior número de produtos com DOVV por vinícola. Além disso, todo seu portfólio é vegano e livre de alergênicos. Degustar um produto com DOVV é provar da tipicidade do Vale dos Vinhedos, tendo a certeza de sua origem. São produtos com história, identidade e processos que trazem segurança ao consumidor.
A visita DOVV Espumantes
A experiência permite degustar espumantes Miolo com DOVV a 45 metros de altura, do alto da Torre da vinícola, podendo apreciar, ainda, a bela paisagem do Vale dos Vinhedos em 360º. A visita começa no vinhedo, passando pelas caves até chegar ao novo espaço que comporta grupos de até 10 pessoas. Totalmente revitalizada, a Torre passou por uma transformação para receber a novidade, ganhando bancos, almofadas, toldo, TV e bancadas, além de pintura e iluminação. A experiência custa R$ 150, com voucher de R$ 10, além de uma taça de cristal exclusiva. Contato: 54 2102.1537 e 2102. 1540 ou pelo e-mail [email protected]
As regras da DOVV
O caminho para um vinho ou um espumante ter o Selo da DOVV começa pela comprovação da procedência das uvas, que necessariamente precisam ser cultivadas na área geograficamente demarcada pela Certificação, assim como todo processo de elaboração. Estamos falando de apenas 7,2 hectares, onde somente 1,8 hectares são cultivados por vinhedos. O sistema de condução deve ser o de espaldeira, sendo que há limites de produtividade conforme o produto. Para uvas tintas, por exemplo, são 10 toneladas por hectare ou 2,5 kg por planta. As brancas são 10 toneladas por hectare ou 3 kg por planta. Já as uvas utilizadas na elaboração de espumantes podem atingir 12 toneladas por hectare ou 4 kg por planta. Comprovadas estas etapas, o produto passa por análises físico-químicas e por uma avaliação sensorial às cegas, realizada pelo Comitê de Degustação do Conselho Regulador da DO, composto por técnicos da Embrapa Uva e Vinho, técnicos de associados da Aprovale e da ABE.
Um pouco dessa história
A história da Miolo se funde com a do Vale dos Vinhedos, seja pelos produtos, ícones de safras históricas, seja pelo protagonismo da família que sempre esteve a frente do desenvolvimento do setor, compreendendo o terroir. Em 1997, quando os vinicultores do Vale dos Vinhedos deram início ao processo de busca pela Certificação, a Miolo já estava em fase de implantação de seu Programa de Qualidade. Neste período, Adriano Miolo presidia a Associação Brasileira de Enologia (ABE), onde também se via crescer um amplo movimento em prol do desenvolvimento do setor vitivinícola brasileiro. A colheita desse trabalho veio em 2002 com a obtenção do registro da Indicação Geográfica junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), ano em que Adriano presidia a Associação dos Produtores de Vinhos Finos do Vale dos Vinhedos (Aprovale). Cinco anos depois do reconhecimento pelo Comitê de Gestão do Vinho da União Europeia (2007), veio a confirmação da Denominação de Origem, em 2012, a primeira e única DO de vinhos do Brasil.
Como um dos protagonistas no avanço da qualidade da produção nacional, Adriano, um dos idealizadores da DO, sempre enalteceu a importância e os benefícios que a Certificação traria para as vinícolas, para o enoturismo e para a comunidade, gerando o desenvolvimento econômico regional. Entre os principais impactos está a valorização das propriedades, o estímulo para investimentos na zona de produção, a maior participação do produtor, a melhora qualitativa e a preservação da tipicidade dos produtos e o incremento das atividades de enoturismo, o que resultou num conjunto de valores hoje reconhecido como Patrimônio Histórico do Rio Grande do Sul. A Certificação também repercute no mercado, agregando valor aos produtos, criando maior confiança junto ao consumidor.