A cidade de Pompeia, na Itália, é conhecida por suas ruínas e pela preservação dos corpos de seus antigos habitantes petrificados pela ação da explosão do vulcão Vesúvio.
Mas, qual a história de Pompeia e qual sua importância no cenário local no momento da erupção?
A região onde Pompeia se localiza, era habitada pelos oscos. Os oscos eram de origem indo-europeia, do centro sul da península itálica. Foram eles que fundaram Pompeia no século VII a.C.. Entretanto, muitas civilizações lutaram pelo domínio de Pompeia, cujo porto estratégico traria grande influência. Os primeiros a atacar foram os etruscos, depois os samnitas e, finalmente, os romanos. Não podemos esquecer que antes do crescimento do Império Romano, a Península Itálica era dividida entre vários povos, como: etruscos, samnitas, celtas, umbros, romanos, italiotas, cartagineses, entre outros. Esses povos disputavam territórios constantemente, quando foram definitivamente dominados pelos romanos.
No ano de 80 a.C., Pompeia caiu nas mãos de Roma e passou a chamar-se Colônia Cornélia Venéria dos Pompeianos e transformada em área de porto e grande área de agricultura, além da produção de vinho. Com sua importância aumentando, Pompeia abrigou uma grande base naval e também foi o centro de abastecimento de água de toda a região.
Com todo o comércio e rota de escoamento importante, Pompeia cresceu e, como uma grande cidade romana, edificações imponentes foram construídas, como anfiteatro, casas luxuosas, banhos públicos, fórum e um aqueduto. Em relação a sua população, atingiu a marca de vinte mil pessoas, um grande número para o período.
O Vesúvio, localizado próximo à cidade de Nápoles, é considerado um vulcão adormecido. Porém, sua última erupção data do ano de 1944. Muitos são os registros de erupções anteriores e a mais conhecida é a que arrasou Pompeia, em 79 d.C. Apesar de se tratar de um vulcão adormecido, milhões de euros são investidos em estudos, em monitoramento de suas atividades internas e em planos de evacuação para os habitantes das 18 cidades que moram ao redor do Monte Vesúvio.
No ano de 62 a.C., Pompeia, Herculano e Nuceria sofreram com um terremoto de categoria 6 na escala Richter. Muitas construções foram destruídas e muitos danos foram causados nos serviços básicos. Isso fez com que muitos moradores abandonassem a região, porém alguns ficaram para a reconstrução das cidades atingidas. O que de certa forma foi bom, pois com a erupção do Vesúvio de 79 a.C., Pompeia e Herculano foram soterradas por milhões de toneladas de lava.
Em estudos atuais, a causa da morte da população se deu pela intensidade do calor que atingiu a marca de 250° C, e não o sufocamento pelas cinzas e a preservação dos corpos se deu pela cobertura de 25 metros de espessura de camadas de piroclastos.
Somente em 1599, com a escavação de um canal, a equipe do arquiteto Domenico Fontana, encontrou um muro pintado com inscrições. Porém, Fontana, mandou enterrar de novo, pois as pinturas eram “impuras” e não deveriam ser vistas por mais ninguém. Somente em 1738, quando da construção do palácio de Carlos III, a cidade de Pompeia foi redescoberta. As primeiras escavações ficaram sob a responsabilidade de Rocque Joaquin de Alcubierre, engenheiro militar espanhol. Mais tarde, por Karl Weber, Francisco e Pietro la Vega e, em 1860, por Giuseppe Fiorelli. Com a descoberta dos corpos das vítimas, Fiorelli injetou gesso nos mesmos e restabeleceu a forma de todos eles, indicando assim, a exata posição na hora da morte de cada um deles. Com as escavações avançando, os famosos mosaicos e afrescos foram aparecendo e descortinando uma civilização próspera. No entanto, muito do que foi achado, ficou por anos escondido do público pelos seus temas eróticos. Somente em 1960, é que foram apresentados para o mundo.
Visitar Pompeia é uma experiência extraordinária e única. O estado de conservação do local é assustador. A cidade nos remete aos tempos áureos romanos e ao mesmo tempo à derrocada instantânea de um povo. Cristalizados em suas posições finais, como em um cenário de filme hollywoodiano, e os claros sinais de desespero estampados em suas faces, nos faz pensar em como somos pequenos diante das forças da natureza. Além da fantástica história e seus elementos comprobatórios, a sensação de vulnerabilidade nos envolve e faz com que admiremos ainda mais a grandiosidade do catastrófico desastre natural de Pompeia.
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