Santarém é uma pequena cidade no estado do Pará, onde o rio Tapajós se encontra com o rio Amazonas. Esse maravilhoso fenômeno pode ser observado da Praça do Mirante do Tapajós, no topo da colina, local onde antes havia uma fortaleza criada para proteger a cidade de invasores.
É a maior e mais importante cidade do oeste do Pará. Ganhou o apelido de “Pérola do Tapajós” por suas belezas naturais, seus cenários amazônicos com florestas exuberantes, lagos de águas cristalinas, igarapés, igapós e praias formadas ao longo do Rio Tapajós.
Algumas praias se destacam, como as Praias do Maracanã, com água doce e areias claras que fascinam. No local há vários quiosques que servem delícias como o charutinho, um peixe pescado ali perto, além de diversas opções com tambaqui, tucunaré, pirarucu e curimatá. Na Praia do Pajuçara, além de águas mornas, dunas enfeitam a paisagem. Há ainda a Praia do Carapanari, com quiosques de sapé à margem do rio, sendo considerada uma das mais bonitas de Santarém e que ficou nacionalmente conhecida por abrigar a Casa do Saulo, um restaurante maravilhoso que serve saborosos pratos da gastronomia local, além de proporcionar uma vista panorâmica do Tapajós.
A mais paradisíaca de todas as praias de Santarém está a 38 km do centro, no distrito de Alter do Chão, conhecida como a “Ilha do Amor”, que atrai turistas de todo o mundo.
Essa cidade é um destino de sensações e experiências, inclusive gastronômicas que podem ser aguçadas em uma visita ao Mercadão 2000, o principal centro de abastecimento do Baixo Amazonas. São cerca de 385 boxes, onde é possível encontrar frutas regionais, legumes, temperos e plantas medicinais.
Tem ainda a Feira do Pescado, ponto de venda dos pescadores locais que jogam suas sobras no rio, atraindo os divertidos botos.
Há lugares históricos que devem ser visitados, como a Catedral de Nossa Senhora da Conceição, Igreja Matriz de Santarém, considerada a construção mais antiga da cidade, e o Museu de Arte Sacra, que reúne objetos de culto, obras de arte, imagens sacras, quadros, mobílias e batinas – muitas dessas peças foram pertencentes ao padre jesuíta João Felipe Bettendorff, que atuou como missionário na Amazônia durante o período colonial e foi fundador da cidade.
Construído no início do século 19, o Solar do Barão ostenta a riqueza de Miguel Antônio Pinto Guimarães, político e dono de muitas terras. O edifício tem três pavimentos, sete portas, dez janelões e 20 cômodos. Infelizmente não está aberto à visitação. Há ainda outros edifícios históricos no centro de Santarém, como o Sobrado do Sol, que tem um relógio solar no alto de sua fachada, o Solar do Barão de São Nicolau e o Solar dos Brancos, ambos com traços da arquitetura árabe, mas cobertos por azulejos portugueses.
A melhor época para viajar para Santarém é entre agosto e dezembro, quando o volume das águas dos rios diminui formando dezenas de praias. No mês de setembro acontece o Çairé (ou Sairé), um evento com tradição de mais de 300 anos, que reúne elementos católicos e indígenas, sendo uma das maiores manifestações culturais do local, com muita música, dança, representações, rezas e comidas típicas.
Texto por: Patricia de Campos
Foto destaque por: Tiago Silveira – MTUR
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