Imigração Italiana em São Paulo

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Carroça de vendedor de frutas italiano na Mooca – 1920. Foto: acervo Museu da Imigração

Italianos

O maior contingente de imigrantes vindos para São Paulo foi o de italianos. Dos que chegaram (vindos do Vêneto e da Lombardia) ao Porto de Santos, muitos foram para o interior do Estado trabalhar nas fazendas de café, enquanto alguns ficaram na capital, nos bairros da Mooca, Bixiga, Lapa, Mandaqui, Santa Cecília e Barra Funda, entre tantos outros. Era muito comum, na primeira década do século XX, ouvir italiano nas ruas. Eram tantos os falantes que muitas vezes dava a impressão de se estar na Itália. Famílias como os Martinelli e os Matarazzo fizeram fortunas em negócios de navegação e na indústria. Grande parte do poderio industrial, tanto dos proprietários como dos operários, vem da força italiana. E não podemos nos esquecer do seu maior legado: a PIZZA! Que transformou São Paulo na maior consumidora de pizza do mundo!

Edifício Martinelli

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Foto Marcio Masulino

Primeiro arranha-céu de São Paulo, teve suas obras iniciadas em 1924 com um projeto para doze andares. Com tempo, persistência e muita briga na prefeitura, Martinelli conseguiu completar sua obra com trinta andares. Sua decoração interna é rica e luxuosa, com ornamentos oriundos do mundo inteiro.

Onde: Rua São Bento, 405 – Centro.

Casa das Caldeiras

imigração italianaDe propriedade do Conde Francesco Matarazzo, essa edificação servia para abrigar as caldeiras da unidade fabril datada de 1920, em uma área de cem mil m².  Possui três chaminés e é um ícone da expansão industrial da capital.  Atualmente é utilizada para eventos sociais e culturais.

Onde: Avenida Francisco Matarazzo, 2.000 – Água Branca.

Centro de Memória do Bixiga

No tradicional bairro do Bixiga, onde muito negros se refugiavam em quilombos, os terrenos eram baratos, o que atraiu muitos italianos. Essa mistura afro-italiana deu origem a uma cultura única. Hoje o bairro conta com o Centro de Memória do Bixiga que abriga em seu acervo documentos, vídeos, objetos e fotografias.  Elas são guardadas pelo lendário “seu Walter”, morador nascido aqui em 1933, e que, além do Centro, lutou pelo tombamento do bairro.

Onde: Rua 13 de Maio, 569 – Bixiga.

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