Há 25 anos, o Museu do Oratório abria suas portas em Ouro Preto/MG, com uma coleção única no mundo: 162 oratórios e 300 imagens que retratam a forma como os brasileiros expressavam a devoção religiosa de maneira privada, em casa ou em viagens. Para comemorar a data, a Série de Concertos no Museu do Oratório retorna com apresentações nos dias 8, 9, 15 e 16 de dezembro. O Museu do Oratório também recebe, todos os anos, a apresentação do grupo de Pastorinhas, com a coroação de Nossa Senhora do Rosário.
No dia 8 de dezembro, sexta-feira, às 16h, a Série de Concertos no Museu do Oratório recebe Mhar, com voz e violão. No dia 9 de dezembro, sábado, uma apresentação: às 16h, Duo Ricercare. Na semana seguinte, no dia 15 de dezembro, sexta-feira, às 18h, é a vez do Trio Musique. No sábado, 16 de dezembro, às 16h, o Recital de Violão encerra a programação da Série de Concertos. Porém, a comemoração dos 25 anos do Museu do Oratório continua com a Coroação a Nossa Senhora do Rosário pelo grupo das Pastorinhas, no dia 20 de dezembro, quarta-feira, às 14h. A programação tem entrada franca.
25 anos do Museu do Oratório
O Museu do Oratório destaca-se pelo acervo, pelo resgate histórico e de memória, pelo local onde está instalado e pelas ações de acessibilidade, educativas e sociais. Situado em Ouro Preto/MG, no Adro da Igreja do Carmo, em um casarão setecentista de três andares especialmente recuperado e equipado com modernos recursos tecnológicos, o Museu do Oratório tem um rico acervo com 162 oratórios e 300 imagens dos séculos XVII ao XX, genuinamente brasileiros, especialmente mineiros, diversos em tipos, tamanhos e materiais. Fazem parte do acervo do Museu do Oratório exemplares de oratórios populares domésticos (de salão decorados; de salão e alcova; e sem decoração), oratórios itinerantes ou de viagem (de algibeira ou de viagem miniatura) e oratórios afro-brasileiros.
A riqueza do acervo chama a atenção em todo o mundo. Parte das peças já esteve em exposição itinerante, nacional e internacionalmente. Países como França, Inglaterra, Espanha, Itália, Venezuela e Chile puderam ver detalhes da vida brasileira e mineira. O projeto “Museu Itinerante – Objetos da Fé” circulou o acervo também por capitais e cidades do interior do Brasil, democratizando o acesso do público a este patrimônio cultural. A exposição deu origem a duas publicações: a série de catálogos “Objetos da Fé”, que apresenta a coleção de Oratórios em exposições no Brasil e no exterior, e o livro “Museu do Oratório”.
As peças do acervo foram doadas ao IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) pela colecionadora Angela Gutierrez, fundadora do Museu do Oratório.
O Museu do Oratório adota uma política ampla de democratização do acesso ao seu espaço museal, promovendo difusão e divulgação do Patrimônio Cultural brasileiro. Os ingressos têm valores que proporcionam fácil acesso para o público em geral, com valor inteiro e com meia entrada facilitada para maiores de 60 anos. Também há gratuidade para professores, estudantes, guias de turismo e moradores da cidade de Ouro Preto, devidamente identificados.
Dentro do espaço museal, há rampa de acesso em uma das entradas, corrimãos e parapeitos com proteção contra queda, sinalização de degraus com piso tátil, banheiro com barras de apoio, maçanetas, barras antipânico e puxadores, bebedouro com alturas variadas e áreas de descanso ao longo do espaço expositivo.
Os monitores são capacitados para o atendimento a pessoas com deficiência, em especial visuais e auditivas, com equipamentos de multimídias individuais, contemplando conteúdos em audiodescrição e em LIBRAS. O rico conteúdo dos multimídias individuais também pode ser acessado em português, inglês, espanhol e francês, como forma de ampliar e qualificar o acesso de turistas estrangeiros. Desde setembro de 2020, o Museu do Oratório tem tradução em LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais) em seu site, ampliando ainda mais o acesso de público.
Desde sua abertura, o Museu do Oratório recebeu cerca de 2 milhões de visitantes únicos em seu espaço expositivo e nas exposições e eventos realizados. Presta atendimento a grupos de estudantes e educadores da rede pública de ensino de Ouro Preto e região, bem como visitantes espontâneos, turistas nacionais e estrangeiros, grupos escolares da rede privada e instituições não escolares, além de interessados em geral. São realizadas visitas mediadas aos espaços expositivos do Museu, ampliando o acesso de diferentes públicos ao acervo.
Responsável pela manutenção do Adro da Igreja do Carmo, o Museu do Oratório realizada constantemente ações como a manutenção elétrica, de jardinagem e manutenção geral do adro. O Museu tem papel de destaque, também, no apoio ao restauro da Igreja do Carmo, com a pintura externa do templo.
O Museu do Oratório e o Museu de Sant’Ana, em Tiradentes, estão vinculados ao Instituto Cultural Flávio Gutierrez – ICFG, fundado em 1998 e presidido por Angela Gutierrez. Para manutenção de suas atividades, o Museu do Oratório conta com o patrocínio máster do Instituto Cultural Vale, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.