Por José Roberto Vasconcellos
Existe som mais nostálgico do que o badalar dos sinos da igreja? No passado, nossa Catedral teve três sinos, dois menores e um grande, pesando 630 kg. Tinham gravados no seu bronze inscrições, desenhos e o nome de seus fabricantes e ofertantes: 1851 – Facit – Henrique Hinrichsen – São Paulo; 1876 – oferta de José Moraes Dantas, e 1887 – A. Sydow – São Paulo, oferta de Padre Simplício Siqueira de Bueno.
Três históricos sinos, os quais no último dia do ano de 1900 badalaram em repique festivo à entrada do século 20, ao IV Centenário do Descobrimento do Brasil, ao 137º aniversário da fundação da cidade de Bragança e também ao 135º ano da criação da Paróquia de Nossa Senhora da Conceição. Daqueles sinos, o menor, datado de 1851, pelo seu tempo de uso, 114 anos, apresenta rachaduras em suas paredes. Como seu som estava prejudicado, foi retirado da torre-campanário. Como relíquia do passado, hoje compõe o monumento da Cruz de Pedra existente na Praça José Bonifácio. É admirado pelas pessoas, pois é sino histórico. É um símbolo da emancipação política de Bragança. Foi esse sino que, no entardecer de 20 de abril de 1856, com seu repique, anunciou aos cidadãos bragantinos que a Vila Nova de Bragança emancipara-se de Atibaia e era elevada à categoria de cidade.
Atualmente, no campanário existem três sinos para manter viva a história e as tradições: o de 1887 (de 630 kg) oferecido pelo Pe. Simplício, que foi pároco de Bragança (1849-1954); o de 1876, oferta de José de Moraes Dantas, e um mais novo, datado com o ano 2000, oferecido pelo casal de paroquianos Milton Aricó e Delza Maria Ferrarese Aricó.
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